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PSI-20 volta às quedas com BCP a afundar 5% para mínimo de dois anos  

Os mercados acionistas fecham a semana tal como tinham começado. À guerra comercial EUA/China juntou-se a crise política em Itália. O BCP voltou a liderar as perdas.

Miguel Baltazar
09 de Agosto de 2019 às 16:48
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Depois de duas sessões de recuperação, a bolsa nacional regressou esta sexta-feira a terreno negativo, acompanhando a tendência de queda das restantes bolsas mundiais que estão a ser penalizadas por um novo episódio de tensão entre os EUA e a China, bem como pela crise política em Itália.

 

O PSI-20 desceu 1,38% para 4.859,04 pontos, com 12 cotadas em queda e seis em alta. Na maioria dos índices europeus as desvalorizações também rondam 1%.

 

A Bloomberg noticiou que a Casa Branca está a adiar uma decisão para conceder licenças a empresas americanas para retomarem os negócios com a Huawei. Uma notícia que voltou a elevar os receios sobre o aumento da tensão comercial entre os EUA e a China.

 

Além disso, Donald Trump revelou que os Estados Unidos "não estão preparados" para assinar um acordo comercial com a China, sugerindo uma eventual suspensão da próxima ronda negocial prevista para setembro em Washington.

 

A pesar no sentimento dos investidores está ainda o facto de Itália estar à beira de novas eleições, depois de Matteo Salvini ter anunciado uma rutura da coligação que sustenta o Governo, provocando eleições.

 

O BCP destacou-se pela negativa com uma queda de 4,83% para 0,2088 euros, o que corresponde a um novo mínimo de setembro de 2017. Depois de uma série de 11 sessões em queda – a mais longa na história do banco – as ações do BCP subiram na quinta-feira, mas hoje regressaram às quedas acentuadas.

Na Europa o setor financeiro também foi dos que mais penalizou os índices, com os investidores a saírem do capital dos bancos, devido à perspetiva de que serão dos mais penalizados no cenário de abrandamento da economia e descidas das taxas de juro por parte dos bancos centrais.

Ainda a contribuir para a tendência negativa do PSI-20 estiveram de novo as cotadas do setor do papel, que vivem um período difícil em bolsa devido às perspetivas pouco animadoras para a procura e preços da pasta e do papel. A Semapa caiu 2,67% para 11,66 euros e atingiu um novo mínimo de novembro de 2016. A Navigator cedeu 0,97% para 2,86 euros e a Altri caiu 1,87% para 5,505 euros.

 

A Galp Energia desvalorizou 1,4% para 13,065 euros apesar da forte recuperação dos preços do petróleo (o Brent valoriza 2% em Londres para 58,53 dólares). A Jerónimo Martins cedeu 1,83% para 14,47 euros.

 

Ainda com quedas acima de 1%, os CTT caíram 2,15% para 1,862 euros e a Sonae recuou 1,71% para 0,8065 euros.

 

Do lado dos ganhos voltou a destacar-se o Grupo EDP. A EDP Renováveis somou 0,52% para 9,68 euros (um novo máximo histórico) e a EDP valorizou 0,18% para 3,368 euros. A REN também beneficiou do estatuto de ação defensiva, conseguindo uma valorização de 0,2% para 2,51 euros.

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