Notícia
PSI-20 sofre maior queda em quatro meses com todas as cotadas no vermelho e BCP em mínimo histórico
O agravamento da pandemia provocou um dia de quedas acentuadas nas praças europeias já que vários países impuseram restrições que podem atrasar a recuperação económica.
O PSI-20 fechou a cair 2,45% para 4.194,82 pontos, numa sessão em que todas as cotadas do índice português fecharam em terreno negativo.
A bolsa portuguesa sofreu a queda mais acentuada desde 11 de junho, acompanhando a sessão de vermelho carregado que se registou na Europa, com os índices a marcarem perdas em torno de 2%. O sentimento dos investidores foi fortemente abalado pelo agravamento da pandemia na Europa, que levou vários países e cidades a impor mais medidas restritivas.
A queda dos mercados reflete a incerteza com o curso da pandemia e o receio que a nova onda de infeções e restrições atrase ainda mais a recuperação da economia.
Em França, foi decretado o estado de emergência e o confinamento obrigatório durante o período da noite em várias cidades, ao passo que em Londres entrarão em vigor novas medidas a partir de sábado, como a proibição de socialização entre diferentes famílias em espaços interiores.
Estas novas limitações são impostas numa altura em que muitos países registam recordes no número de novos casos diários, como é o caso da maior economia da região, a Alemanha, que superou ontem as 7 mil novas infeções, um novo máximo.
Com todas as cotadas em terreno negativo, a EDP sofreu a perda mais acentuada no PSI-20, corrigindo parte do avanço alcançado nas últimas sessões. A elétrica desvalorizou 4,89% para 4,478 euros e a EDP Renováveis cedeu 2,77% para 16,82 euros.
Ainda na energia a Galp Energia recuou 2,96% para 8,072 euros numa sessão em que as cotações do petróleo cedem mais de 2%. A REN desceu 1,64% para 2,405 euros.
Os restantes pesos pesados também pressionaram o PSI-20, com o Banco Comercial Português a desvalorizar 2,79% para 7,66 cêntimos. A Jerónimo Martins caiu 1,83% para 14,47 euros e a Sonae cedeu 2,5%.
O BCP atingiu um novo mínimo histórico e já acumula uma queda acima de 60% desde o início do ano, em linha com o desempenho do setor financeiro, que está a ser dos mais castigados pela pandemia.