Notícia
PSI-20 perde 1% com 17 cotadas no vermelho, BCP a liderar quedas e Galp em máximos
A bolsa portuguesa segue o desempenho negativo das pares europeias, com os investidores a fugirem dos ativos de risco devido ao aumento da tensão entre os EUA e o Irão.
O PSI-20 abriu a cair 0,29% para 5.226,82 pontos, com 15 cotadas no vermelho, duas em alta e uma sem variação. 30 minutos depois da abertura o índice português já descia 0,88% para 5.195,99 pontos, com 17 cotadas em terreno negativo.
Os mercados acionistas continuam a ser pressionados pelo aumento da tensão no Médio Oriente depois do presidente dos Estados Unidos ter aprovado a operação que resultou na morte de Qassem Soleimani, um dos principais generais do Irão. Teerão prometeu uma vingança "terrível" e Donald Trump responde que se o Irão "ficar alguma coisa", vai sofrer "enormes represálias".
Este clima de tensão está a levar os investidores a procurarem ativos de refúgio, fugindo das ações, aproveitando assim o momento de incerteza para realizar mais-valias depois de um excelente 2019 para as bolsas.
O ouro atingiu um máximo de seis anos, os juros das obrigações soberanas estão em queda e o iene e o franco suíço também beneficiam com o estatuto de ativos de refúgio.
Em sentido contrário, as bolsas europeias repetem as perdas de sexta-feira, isto depois das praças asiáticas terem registado quedas acentuadas na sessão de hoje. O Stoxx600 desvaloriza 0,64% e já está em terreno negativo no acumulado das três sessões deste ano.
Em Lisboa a tendência é de quedas quase generalizadas, com o índice português a ser pressionado sobretudo pelo BCP, uma das cotadas em Lisboa mais sensível ao desempenho dos mercados globais.
As ações do banco liderado por Miguel Maya descem 3,27% para 0,1980 euros, registando a queda mais pronunciada entre as cotadas do PSI-20 e atingindo mínimos de 12 de dezembro. Entre os restantes pesos pesados a EDP desvaloriza 0,44% para 3,84 euros e a Jerónimo Martins cede 1,05% para 14,58 euros.
A impedir maiores quedas em Lisboa volta a estar a Galp Energia, que soma 1,96% para 15,64 euros. A petrolífera atingiu um máximo desde outubro de 2018, beneficiando com a tendência altista das cotações do petróleo. O Brent atingiu um máximo de setembro em Londres, com uma subida de mais de 1% para 70,75 dólares.
(notícia atualizada às 8:40 com novas cotações)