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PSI-20 cai pela primeira vez em oito sessões com EDP a penalizar
A bolsa nacional fechou no vermelho, após sete sessões consecutivas de ganhos, numa sessão em que as acções europeias estão em máximos de Junho.
A bolsa nacional encerrou em queda esta segunda-feira, 2 de Outubro, pela primeira vez em oito sessões, com 11 cotadas em queda e sete em alta. O PSI-20 caiu 0,19% para 5.399,04 pontos, depois de ter chegado a tocar nos 5.416,62 pontos, o valor mais alto desde Dezembro de 2015.
Na Europa, o dia também foi de perdas para as bolsas de Madrid e Atenas que, juntamente com Lisboa, contrariam a evolução dos restantes índices europeus, que foram impulsionados pela forte descida do euro.
A moeda única europeia cai 0,63% face ao dólar depois de o referendo sobre a independência na Catalunha ter resultado na vitória do "sim" com 90% dos votos, com a consulta popular a ficar marcada pela violência policial contra os eleitores da região.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 0,34% para 389,49 pontos, um máximo de Junho, naquela que é já a nona sessão consecutiva de subidas.
Por cá, a EDP e a Galp Energia foram as cotadas que mais pressionaram o PSI-20. A eléctrica liderada por António Mexia registou a pior sessão desde meados de Junho com uma desvalorização de 2,79% para 3,096 euros, o valor mais baixo em dois meses.
Isto depois de a ERSE ter proposto, na sexta-feira, que os consumidores paguem menos 165 milhões de euros por ano à eléctrica, nos próximos dez anos, no âmbito dos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC).
Ainda na energia, a EDP Renováveis desceu 0,42% para 7,17 euros, a REN deslizou 0,47% para 2,741 euros e a Galp caiu 0,83% para 14,87 euros, acompanhando a forte queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais.
A contribuir para a desvalorização do índice nacional estiveram ainda a Corticeira Amorim, com uma descida de 0,88% para 11,76 euros, e a Semapa, que perdeu 0,93% para 16,06 euros.
Do lado dos ganhos destacaram-se a Pharol, a Altri e a Nos. A antiga PT SGPS disparou 5,88% para 39,6 cêntimos, enquanto a Altri somou 2,78% para 4,592 euros, tendo chegado a tocar nos 4,599 euros, a cotação mais elevada desde Janeiro de 2016. Esta evolução acontece depois de a casa de investimento JB Capital Markets ter iniciado a cobertura da papeleira, atribuindo um preço-alvo às acções de 5,40 euros e a recomendação de "comprar".
Já a Nos ganhou 1,76% para 5,332 euros após ter sido comunicado ao mercado, na sexta-feira, que a Nos e a Vodafone fecharam um acordo para desenvolvimento e partilha de infra-estruturas a nível nacional. Esta parceria vai permitir "aos dois operadores a disponibilização das suas ofertas comerciais, sob a rede partilhada, já a partir do início de 2018".
(Notícia actualizada às 16:54)