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PSI-20 apaga ganhos de 5% e fecha no vermelho em sessão frenética

Numa sessão em que alternou várias vezes entre ganhos e perdas perante a crescente incerteza quanto ao impacto do coronavírus para a economia mundial, a bolsa nacional, que chegou a somar mais de 5%, acabou por fechar em terreno negativo penalizada pelo setor da energia.

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10 de Março de 2020 às 16:39
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Foi um dia de grande volatilidade em Lisboa, sessão em que a bolsa nacional variou entre ganhos de 5,30% e perdas próximas de 1%. A justificar este comportamento está o reforço da incerteza nos mercados quanto à evolução e impacto do coronavírus para a economia global, sobretudo num contexto de disputa de preços do petróleo entre grandes produtores como a Arábia Saudita e a Rússia.

Depois da pior prestação desde 2008 registada ontem, esta quarta-feira as bolsas europeias até chegaram a registar a maior recuperação de sempre, contudo o sentimento inverteu-se para a generalidade das praças do velho continente perante a falta de unidade ainda demonstrada no combate ao vírus chinês.

Assim, o índice lisboeta PSI-20 terminou o dia a perder 0,69% para 4.237,23 pontos, num dia em que a volatilidade se intensificou na última hora de negociação (como se pode perceber no gráfico), levando o principal índice nacional a alternar várias vezes entre terreno positivo e negativo. Numa sessão em que transacionou em máximos de 22 de janeiro, o PSI-20 acabou por acumular a quarta sessão consecutiva em queda. 

Apesar de ter havido mais cotadas em alta (11) do que em queda (sete), as perdas no setor energético acabaram por prevalecer e contribuir decisivamente para determinar o rumo da bolsa nacional. A EDP Renováveis recuou 2,71% para 11,48 euros, a EDP caiu 1,97% para 3,976 euros, a REN resvalou 2,02% para 2,43 euros e a Galp Energia deslizou 0,77% para 9,51 euros, com a petrolífera a fechar em contraciclo com o preço do crude que sobe praticamente 7% em Londres (Brent). 

A travar uma maior descida da bolsa nacional estiveram sobretudo o BCP e a Mota-Engil, com o banco a ganhar 4,08% para 0,1250 euros e a construtora a apreciar 6,18% para 1,083 euros. Já o setor do retalho dividiu-se, com a Jerónimo Martins a cair 2,54% para 14,775 euros e a Sonae a crescer 2% para 0,639 euros. 

Nota negativa ainda para a Ibersol, que perdeu 4,66% para 6,96 euros numa sessão em que tocou em mínimos de outubro de 2016. Já a Semapa somou 0,77% para 10,44 euros numa sessão em que chegou a negociar na cotação mais baixa desde julho de 2016.

(Notícia atualizada)

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