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Procura por acções da Raize já mais do que duplica a oferta

Falta uma semana para o fim da oferta pública de venda da Raize. E, neste momento, as acções já estão totalmente subscritas. A procura mais do que duplicou a oferta.

Bruno Simão
Raquel Godinho rgodinho@negocios.pt 06 de Julho de 2018 às 15:39

A procura por acções da Raize mais do que duplicou a oferta. Isto quando falta ainda uma semana para o fim da oferta pública de venda (OPV) de acções da bolsa de empréstimos. Esta forte procura confirma a necessidade de rateio que a empresa já antecipava.

"É com muito entusiasmo que informamos que, terminado o prazo de revogabilidade das ordens, a OPV da Raize já se encontra totalmente subscrita em 209% (2,1 vezes)", refere a empresa no seu site. "Este valor reflecte o elevado interesse dos investidores e confirma a necessidade de rateio no final da operação", acrescenta.

A Raize ainda ainda que "a procura evoluiu de forma consistente ao longo das últimas três semanas e sempre de forma crescente". "Os investidores podem ainda dar ordens até à próxima quinta-feira. Os resultados finais da OPV serão conhecidos no dia 13 de Julho na tradicional cerimónia do 'toque do sino' da Bolsa de Lisboa", frisa a empresa fundada por José Maria Rego e Afonso Eça.

Já a 21 de Junho a empresa tinha revelado que "com base na procura verificada nos primeiros dias, estimamos que a totalidade das acções da Raize fiquem subscritas durante as primeiras semanas da oferta" e que "esta estimativa reflecte uma forte procura dos investidores de retalho e perspectiva a necessidade de rateio de ordens no final da operação".  

 

A OPV da "fintech" que gere uma bolsa de empréstimos a PME arrancou, a 18 de Junho. Cada acção será vendida a dois euros e os investidores terão de investir, no mínimo, 100 euros. A operação termina a 12 de Julho. E seis dias depois, a empresa começa a negociar no Euronext Access.

 

Nesta operação, a empresa fundada por José Maria Rego e Afonso Eça vai disponibilizar um total de 750.000 acções, representativas de 15% do capital da empresa a "um preço fixo de dois euros". Assim, o montante total da oferta inicial é de 1,5 milhões de euros, para uma capitalização bolsista inicial de 10 milhões de euros.

 

"A operação destina-se tanto a institucionais e a retalho, mas a nossa expectativa é ter uma base muito alargada de investidores de retalho a participar", frisou Afonso Eça, co-fundador da plataforma de financiamento colaborativo para PME, ao Negócios. 

 

"Se existir rateio, vamos privilegiar os pequenos investidores (os primeiros 1.000 euros estão garantidos, só existindo rateio acima desse valor)", sublinhou Afonso Eça. Cada investidor terá de fazer um investimento mínimo de 100 euros, o que corresponde a 50 acções.

 

Os resultados da oferta serão apurados a 13 de Julho, pelo que a negociação arranca depois a 18 de Julho no Euronext Access, confirmou a empresa ao Negócios. Este é o antigo mercado Easynext, sistema de negociação multilateral. E esta será a primeira estreia desde que, em Junho do ano passado, ocorreu a reorganização dos mercados Euronext. 

 

Depois desta oferta inicial, e para reforçar a liquidez da acção, após admissão à negociação, serão disponibilizadas acções representativas de 10% do capital durante um período de seis meses. Assim, será colocado em bolsa um total de até 25% do capital da Raize.

 

"A Raize conta com a participação de importantes investidores nacionais como a SIMUM SGPS, PARTAC SGPS e a Parinama SGPS, que estão ligadas às famílias Champalimaud e Salvador Caetano, e o investidor Luís Delgado, ex-dono da revista Time Out em Portugal e que recentemente adquiriu as revistas do grupo Impresa", adiantou a Raize em comunicado, na semana passada.


(Notícia actualizada às 15:45 com mais informação)

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