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Pressão dos direitos impede BCP de seguir "rally" na banca

Num dia de fortes ganhos nas bolsas, com particular incidência no sector financeiro, as acções do BCP fecharam em queda. A culpa é dos direitos.

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25 de Janeiro de 2017 às 17:08
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As acções do Banco Comercial Português fecharam esta quarta-feira, 25 de Janeiro, em queda pela terceira sessão consecutiva, pressionadas pela evolução em baixa dos direitos de subscrição do aumento de capital.

 

Os títulos desceram 0,53% para 15 cêntimos, numa sessão em que as bolsas europeias registaram fortes ganhos. O sector financeiro, devido às notícias de fusões em Itália, esteve em destaque, com o Stoxx Banks a disparar perto de 3% para máximos de Janeiro, com todos os componentes deste índice (onde não consta nenhum banco português) em terreno positivo.  

 

A Intesa Sanpaolo disse estar a considerar uma fusão com a Assicurazioni Generali, num negócio que se for concretizado vai alterar o panorama financeiro italiano uma vez que o Intesa Sanpaolo é o segundo maior banco transalpino e a Generali a maior seguradora daquele país.

 

A condicionar a evolução das acções do BCP voltou a estar os direitos de subscrição do aumento de capital, que cederem terreno pela segunda sessão. Caíram 2,5% para 78 cêntimos.

 

A queda mais forte nos direitos acentuou a divergência entre os dois títulos, com as acções a ficarem ainda mais "caras" face aos direitos. À cotação actual das acções (15 cêntimos) corresponde um valor teórico dos direitos de 84 cêntimos. Já à cotação dos direitos (78 cêntimos), corresponde um valor teórico das acções de 14,6 cêntimos.

 

Ou seja, comprar os direitos permite a aquisição das acções a um preço 3,6% inferior à cotação das acções em bolsa. Um desequilíbrio que tem sido constante desde o início da negociação dos direitos na semana passada.

 

O Negócios noticia esta quarta-feira que os investidores portugueses deverão ficar com menos de um terço do capital do BCP após o aumento de capital em curso.

 

Os direitos negoceiam em bolsa até à próxima segunda-feira, 30 de Janeiro, terminando a 2 de Fevereiro (quinta-feira) o período de exercício.

 

No âmbito do aumento de capital de 1.332 milhões de euros, cada direito permite a compra de 15 acções, mediante o pagamento de 9,4 cêntimos por cada uma. 

 

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