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Prejuízo da Galp leva a desvalorização de mais de 4%. É a maior queda do setor na Europa

A empresa portuguesa apresentou resultados na pré-abertura desta segunda-feira, com um prejuízo de 42 milhões de euros referente a 2020. Como reação, as ações seguem em queda.

22 de Fevereiro de 2021 às 10:59
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As ações da Galp Energia estão a desvalorizar 4,36% para os 9,08 euros por ação, como reação aos resultados apresentados nesta manhã, referentes ao ano passado. A empresa portuguesa lidera assim as quedas do dia entre as cotadas do setor na Europa. 

No setor que agrupa as maiores empresas de "Oil & Gas" na Europa, que desvaloriza por esta altura 0,29%, destaca-se a cotada liderada agora por Andy Brown. Segue-se a norueguesa Nel Asa (-2,3%) e a espanhola Siemens Gamesa (-2%).

A provocar esta queda da Galp está o prejuízo de 42 milhões de euros registado em 2020, apesar do lucro de 3 milhões referentes apenas ao quatro trimestre, um valor que fica um pouco aquém do esperado pelos analistas do CaixaBank/BPI, que apontavam para um resultado líquido de 40 milhões de euros entre setembro e dezembro. 

Em termos de EBITDA - Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização - a empresa mostra uma queda de 34% em termos homólogos para 1.570 milhões de euros "impactado pelas condições de mercado desafiantes no período", marcado pela pandemia da covid-19.

Os analistas do CaixaBank/BPI estavam a apontar para uma "reação negativa" a estes números que veio assim a confirmar-se. 

Por esta altura existem onze casas de investimento a recomendar "comprar" ações da Galp e 13 notas a aconselhar "manter" as ações. O preço-alvo médio de todas as avaliações é de 11,76 euros por ação, de acordo com a Bloomberg, o que lhe confere um ganho potencial de 28,7% face ao fecho da última sessão. 

Dividendo menor pode "não ser má notícia"
Para além dos resultados, a Galp anunciou ainda o possível regresso ao pagamento de dividendos em maio, uma vez que vai propor a distribuição de 35 cêntimos por ação aos acionistas na Assembleia Geral de Acionistas de abril. Este valor fica abaixo dos 70 cêntimos pagos no exercício anterior.

Os 35 cêntimos ficam aquém do esperado pelo CaixaBank/BPI (50 cêntimos), mas "não são necessariamente más notícias se isso significar um impulso no investimento na descarbonização/projetos de transição energética", pode ler-se na nota do banco de investimento, a que o Negócios teve acesso. 

Este valor anunciado pela empresa traduz-se num "dividend yield" de 3,68%, tendo em conta o preço de fecho na última sessão.

No total, a empresa irá distribuir cerca de 290 milhões de euros em dividendos, referentes aos exercício de 2020, tendo em conta o número total de ações, face aos 580 milhões de euros pagos aos seus acionistas no exercício anterior. 

Significa isto que, devido ao prejuízo de 42 milhões de euros registado no ano passado, o "payout" desta operação será de -6,9%. A empresa adiantou ainda que, em relação ao exercício de 2021, pretende aumentar este valor a ser distribuído para os 50 cêntimos por ação, com recurso ao pagamento intercalar no terceiro trimestre do ano, como habitualmente faz.
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