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Galp quer que 2021 dê dividendo de 50 cêntimos mas certezas vêm em maio
A petrolífera promete comunicar novos detalhes da sua estratégia no Capital Markets Day, em maio, no qual a política de dividendos deverá ser abordada assim como o futuro das renováveis dentro da empresa.
A Galp, como anunciado na apresentação de resultados desta segunda-feira, pretende entregar um dividendo de 50 cêntimos em relação ao exercício de 2021. Contudo, a política de dividendos ainda não está fechada e esperam-se mais certezas quanto à sua atribuição em maio.
Esta informação foi transmitida durante a call com analistas que teve lugar esta segunda-feira, 22 de fevereiro, pelas 14h30. Nesta ocasião, a petrolífera aproveitou para esclarecer que, por exemplo, a forma como o dividendo chegará aos investidores – se intercalado ou não – ainda não está fechada. "Temos de ver como o mercado evolui, como a covid-19 se desenrola este ano", afirmou a empresa.
Ainda assim, as previsões avançadas a propósito da apresentação de resultados apontam para que os investidores recebam 50 cêntimos por ação em relação ao exercício de 2021, com recurso ao pagamento intercalar no terceiro trimestre do ano. No relatório de contas, a Galp acrescenta que "o ajuste do dividendo reflete os impactos inesperados resultantes das condições de mercado particularmente adversas".
Em relação a 2020, a Galp pretende baixar para metade o valor do dividendo, entregando apenas 35 cêntimos em maio, que comparam com os 70 cêntimos de 2019. A Galp fechou o ano passado com prejuízos de 42 milhões de euros, o que compara com os lucros de 560 milhões obtidos em 2019.
Na reação à apresentação de resultados, a petrolífera terminou a desvalorizar 1,12% para os 9,39 euros, depois de ter chegado a perder 4,80% durante a sessão e ter ocupado, desta forma, o lugar da empresa que mais caiu dentro do setor a nível europeu, considerando o universo das 600 maiores cotadas que está agregado no índice Stoxx600.
Renováveis estarão no cabaz de surpresas
Maio vai ser um mês de novidades, já que a petrolífera promete comunicar novos detalhes da estratégia no Capital Markets Day, neste mês. Além de abordada a política de dividendos, este dia também trará luzes acerca das prioridades que a empresa terá para o futuro, nomeadamente no que toca às renováveis.
Durante a chamada com os analistas, o CEO, Anduy Brown, mostrou-se confiante na capacidade da empresa para se transformar tendo em conta os esforços de transição energética que estão a exigir mudanças no setor. Ainda assim, não ficam de fora investimentos petrolíferos no segmento de Upstream, nomeadamente no Brazil, ressalvando que estes projetos são "muito lucrativos".