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Powell desilude e Nasdaq evita por pouco o território de correção

As bolsas norte-americanas encerraram em terreno negativo, pela terceira sessão consecutiva, com o índice tecnológico negativo no ano e quase em território de correção. O S&P 500 também está perto de eclipsar os ganhos de 2021.

04 de Março de 2021 às 21:25
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Os principais índices do outro lado do Atlântico fecharam em baixa, com o presidente da Fed a não conseguir aliviar os receios do mercado quanto à subida dos juros da dívida soberana.

 

O Dow Jones terminou a cair 1,11%, para 30.924,14 pontos, já longe do seu máximo histórico de 32.009,64 pontos atingido a 24 de fevereiro. Desde esse recorde, perde quase 4%. Durante a sessão de hoje, o Dow chegou a estar negativo no cômputo do ano, mas conseguiu recuperar parte das perdas e regista um ganho de 1,04% entre o início de janeiro e o dia de hoje.

 

Já o Standard & Poor’s 500 recuou 1,34% para 3.768,47 pontos. O índice está 5% abaixo do seu recorde de fecho, a 12 de fevereiro. Durante a sessão de hoje ainda chegou a eclipsar os ganhos de 2021, mas na reta final da negociação conseguiu distanciar-se dos mínimos do dia e terminou com um saldo anual positivo de 0,33%.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 2,11% para 12.723,47 pontos. Além de ter apagado os ganhos no acumulado do ano (cede 1,28%), o Nasdaq cai perto de 10% (9,74%) face ao seu último recorde de fecho, marcado a 12 de fevereiro, o que significa que está prestes a entrar em território de correcção (quando cai pelo menos 20% entra em "mercado urso").

 

Foi, assim, por muito pouco que o Nasdaq evitou a sua primeira entrada em território de correção dos últimos seis meses. No passado dia 16 de fevereiro, recorde-se, marcava um máximo histórico nos  14.174,56 pontos e agora negoceia abaixo dos 13.000 pontos.

 

O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, falou hoje num fórum do The Wall Street Journal mas não conseguiu traquilizar os investidores, que receiam uma maior subida dos juros da dívida soberana.

 

As obrigações do Tesouro a 10 anos dispararam para 1,543% depois de Powell não ter falado em qualquer mudança de posicionamento da Fed no seu programa de compra de ativos para travar esta subida (a aposta nas obrigações faz descer os juros).

 

Os investidores estavam na expectativa de que a Fed pudesse introduzir a Operação Twist – em que substitui a compra de obrigações de maturidades mais curtas por obrigações com prazos mais longos para aliviar a pressão sobre os juros dessas obrigações –, o que não aconteceu.

 

"O mercado tem estado preocupado com o aumento dos juros no longo prazo e o presidente da Fed não rebateu este movimento de subida, algo que o mercado viu como um sinal de que as ‘yields’ continuarão a ganhar terreno", comentou à Reuters o economista-chefe da Raymond Jones, Scott Brown.

 

Powell previu um aumento dos preços no consumidor, o que contribuiu para os receios dos investidores. Mas o presidente da Fed não se tem mostrado preocupado com a inflação, já que o banco central aceita que supere temporariamente a sua meta de 2%.

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