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Plataforma de saúde 'online' da China JD Health sobe 50% na estreia em bolsa

A JD Health, uma subsidiária da JD.Com Inc., empresa líder no comércio eletrónico na China, vende medicamentos, programas de cuidados hospitalares e consultas médicas via 'online'.

08 de Dezembro de 2020 às 09:25
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As ações da maior plataforma de saúde 'online' da China dispararam 50% na sua estreia em bolsa, refletindo o entusiasmo dos investidores pela indústria, numa altura em que a China emerge da pandemia do novo coronavírus.

A JD Health, uma subsidiária da JD.Com Inc., empresa líder no comércio eletrónico na China, vende medicamentos, programas de cuidados hospitalares e consultas médicas via 'online'.

As gigantes chinesas da indústria da Internet oferecem cada vez mais serviços de saúde num país onde os hospitais estão sobrecarregados e a distribuição de remédios e suprimentos médicos fora das grandes cidades é desigual.

As consultas pela Internet com médicos que falam chinês são também populares entre as famílias da China a viver fora.

Outros concorrentes incluem o Alibaba Health, do gigante de comércio eletrónico Alibaba Group; o Baidu Health, administrado pelo motor de pesquisa líder na China Baidu.com Inc; e a WeDoctor, administrada pela Tencent Holding, operadora do popular serviço de mensagens instantâneas WeChat.

A pandemia do novo coronavírus aumentou a procura por estas plataformas na China.

Os investidores têm "grandes esperanças de que este tipo de empresa se desenvolva na China", disse Jackson Wong, diretor de gestão de ativos da Amber Hill Capital Ltd. em Hong Kong.

O Partido Comunista Chinês encorajou o crescimento da indústria ao autorizar farmácias 'online' a entregarem medicamentos prescritos.

Durante a pandemia, apenas o atendimento urgente não era realizado via 'online'.

"Este novo padrão de compromissos digitais provavelmente continuará e aumentará a frequência das consultas", disse o analista da indústria Kevin Chang, da Bain & Co, num relatório.

Os gastos dos consumidores e as atividades comerciais recuperaram para níveis acima do período anterior à pandemia, depois de a China, onde a pandemia começou em dezembro, ter controlado a doença.

As restrições para viajantes oriundos do exterior, no entanto, ainda estão em vigor.

A JD Health arrecadou cerca de 3,8 mil milhões de dólares (3,1 mil milhões de euros) com a venda de 20% da empresa na bolsa de Hong Kong.

Trata-se da segunda maior oferta de ações em Hong Kong este ano, a seguir à empresa mãe, a JD.Com.

O Partido Comunista está a incentivar o uso de serviços de saúde 'online' para reduzir a carga sobre os hospitais.

A JD Health disse que planeia expandir a sua farmácia 'online' e desenvolver "soluções inteligentes de saúde", apoiadas por inteligência artificial.

A empresa diz que tinha 72,5 milhões de utilizadores ativos em junho, um aumento de 30%, em relação ao ano anterior.

A indústria pode enfrentar uma competição mais acirrada uma vez que o coronavírus seja controlado e os pacientes tenham mais opções físicas, disse Wong.

"Se as vacinas forem muito eficazes e as pessoas começarem a sair novamente, o crescimento destes provedores de serviços 'online' pode não ser tão alto", disse Wong.
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