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Pharol, Novabase, Ramada e Ibersol fora do PSI. "Novo" índice fica com 15 cotadas
O principal índice da bolsa portuguesa vai perder cotadas, devido à mudança de regras anunciada em agosto do ano passado.
Pharol, Novabase, Ramada e Ibersol vão abandonar o índice de referência nacional no próximo dia 18 de março. Com uma nova designação, o PSI, vai passar a negociar apenas com 15 cotadas, menos quatro que as companhias que integram atualmente o índice.
De acordo com a revisão anual divulgada esta quarta-feira pela Euronext Lisbon, as alterações materializam-se após o fecho de sessão no dia 18 de março, com o novo PSI a começar a negociar em pleno com as 15 cotadas, menos quatro que as atuais 19, no dia 21 de março.
Com a entrada em vigor das mudanças anunciadas no último mês de agosto, deixa de haver um número mínimo de constituintes do ainda PSI-20. Ao contrário do que acontecia até aqui, onde a principal montra da bolsa de Lisboa tinha que preencher 18 posições, a partir de agora as cotadas têm que preencher um conjunto de requisitos para garantir lugar no índice de referência nacional.
As novas regras exigem que os integrantes do índice tenham um 'free float' da capitalização bolsista (valor de mercado das ações de uma empresa que estão efetivamente em circulação) mínimo de 100 milhões de euros.
A esta nova exigência junta-se um critério de velocidade do volume de negociação, no qual 15% das ações admitidas têm de trocar de mãos nos 12 meses anteriores à revisão. Do total, só duas cotadas poderão cair abaixo da barreira dos 10%. É ainda preciso estar em bolsa há mais de 20 dias ou ter negociação contínua (o que exclui logo à partida empresas que negoceiam por chamada, como é o caso de algumas das SAD dos clubes desportivos).
Segundo a Euronext, que gere vários mercados bolsistas europeus, como Paris, Amesterdão, Bruxelas, Dublin, Lisboa, Oslo e Milão, o novo PSI surge depois de "um amplo processo de consulta pública", incluindo utilizadores portugueses e internacionais do índice.