Notícia
Pfizer rouba recordes a Wall Street
As bolsas norte-americanas estavam lançadas nas subidas, mas a notícia, a cerca de meia hora do fecho, de que a Pfizer cortou para metade a sua meta de distribuição da vacina contra a covid-19 este ano foi um balde de água fria para a negociação.
O Dow Jones fechou a somar 0,29%, para os 29.969,52 pontos, depois de ter chegado a negociar nos 30.110,99 pontos – a menos de seis pontos do seu máximo histórico de 30.116,51 pontos alcançado no passado dia 24 de novembro.
Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 acabou por inverter para o vermelho na reta final da negociação, terminando a ceder 0,06% para 3.666,72 pontos, isto após marcar durante o dia um novo máximo de sempre nos 3.682,73 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite terminou a ganhar 0,23% para 12.377,18 pontos, mas chegou a estabelecer um novo recorde, nos 12.439,02 pontos.
Os índices perderam fôlego na última meia hora de negociação, quando a Dow Jones Newswires avançou que a farmacêutica norte-americana Pfizer cortou para metade a sua meta de distribuição da vacina contra a covid-19 – que desenvolveu em parceria com a BioNTech – para este ano.
Os resultados dos ensaios clínicos da Pfizer-BioNTech, que vão começar a ser publicados em revistas científicas esta semana, demonstraram 95% de eficácia.
Durante o dia, a expectativa de mais estímulos à economia dos Estados Unidos, numa altura em que democratas e republicanos se alinham para tentarem aprovar um novo pacote de ajuda – que terá de passar no Congresso e depois na Casa Branca – continuou a manter algum otimismo junto dos investidores.
Os congressistas norte-americanos não conseguiram ainda acordar um novo pacote de alívio, mas há sinais de que a proposta bipartidária no valor de 908 mil milhões de dólares está a conquistar apoios na plataforma de negociação.
Também o rápido progresso que se está a verificar na aprovação de vacinas promissoras contra a covid-19 esteve a ajudar ao ânimo dos intervenientes de mercado – se bem que a notícia sobre a Pfizer ao início da noite tenha sido um balde de água fria.
Um dos destaques pela positiva na sessão desta quinta-feira foi a Tesla, que escalou 4,32% para 593,38 dólares, animada pelo facto de o Goldman Sachs ter revisto em alta o preço-alvo para as suas ações.
Os analistas do banco de investimento elevaram o "target" das ações da fabricante de veículos elétricos liderada por Elon Musk de 455 para 780 dólares.
Já pela negativa sobressaíram as ações das gigantes de exibição cinematográfica AMC e Cinemark, que caíram 15,97% e 21,95%, respetivamente, após a Warner Bros ter anunciado que irá disponibilizar os seus filmes em simultâneo nas salas de cinema e no serviço de streaming HBO Max.
Os investidores continuam atentos aos dados do mercado laboral e amanhã serão reportados os dados da criação de emprego em novembro. Será divulgada a taxa de desemprego, que foi de 6,9% em outubro, e a evolução dos salários, que ficaram praticamente estaganados. Os analistas esperam que o desemprego tenha caído ligeiramente em novembro, para 6,8% e que tenha havido um aumento de 481.000 empregos.
Hoje foram divulgados os dados sobre os novos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA na semana passada, que foram inferiores às projeções.