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Petróleo e Pyongyang medem forças em Wall Street

As bolsas norte-americanas encerraram com tendência mista esta quinta-feira, com um braço de ferro entre o petróleo e a Coreia do Norte: a subida dos preços do crude animou a negociação, mas as novas ameaças de Pyongyang esfriaram o optimismo.

Se a primeira reacção das bolsas à vitória eleitoral de Donald Trump foi de pânico, rapidamente esse sentimento deu lugar à euforia, com os investidores a fazerem contas aos ganhos que a política económica de Donald Trump pode proporcionar. Descida de impostos para as empresas e um forte investimento em infra-estruturas são duas das cenouras que atraem os investidores, mesmo havendo alguma incerteza sobre a capacidade de pôr em prática os ambiciosos planos do Presidente. Desde a tomada de posse, as acções americanas sobem 4%, renovando sucessivos recordes. O que também está a subir são as taxas de juro das obrigações, um movimento que provocou uma reavaliação global dos juros da dívida.
reuters
14 de Setembro de 2017 às 21:32
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O Dow Jones encerrou a sessão a somar 0,20% para 22.158,1822.203,48 pontos, depois de ter chegado a marcar um novo máximo histórico durante a negociação, nos 22.216,44 pontos.

 

Também o Standard & Poor’s 500 atingiu hoje um novo máximo de sempre, nos 2.498,43 pontos, mas acabou por ceder terreno no fecho, a resvalar 0,11% para 2.495,62 pontos.

 

Ambos os índices estiveram a ser sustentados pela subida dos preços do petróleo, que atingiu máximos de cinco semanas, mas as novas ameaças de Pyongyang contra Tóquio e Washington acabaram por tornar os investidores mais prudentes, o que levou a uma redução dos ganhos no Dow e a que o S&P 500 entrasse mesmo em terreno negativo.

 

O índice tecnológico Nasdaq Composite também fechou a ceder terreno, ao recuar 0,48% para 6.429,08 pontos, ainda a ser penalizado pela Apple, que desce há três sessões consecutivas.

 

A Apple voltou assim a pesar nas tecnologias. Na terça-feira a empresa da maçã apresentou os seus novos produtos: uma versão actualizada do Apple Watch e três novos modelos do ícone iPhone, o 8, o 8 Plus e o X, que estará à venda por 999 dólares. Mas apesar da euforia em torno dos novos produtos da tecnológica de Cupertino liderada por Tim Cook, o facto de o iPhone X só chegar aos EUA em Novembro desiludiu o mercado, tendo a Apple cedido hoje 0,86% para 158,28 dólares.

 

A Apple tem estado também a ser penalizada pela demora no arranque do seu centro tecnológico na Irlanda e pelo facto de a empresa norte-americana de telecomunicações AT&T estar já a fazer publicidade a uma mega-oferta: na compra de um iPhone 8 ou 8 Plus, o cliente recebe outro gratuito.

 

Os investidores aguardam agora por novos desenvolvimentos relativamente a Pyongyang, já que se espera o lançamento de um novo míssil balístico intercontinental, e também por novos indicadores macroeconómicos – amanhã serão conhecidos os dados da produção industrial, vendas a retalho e confiança dos consumidores medida pela Universidade do Michigan.

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