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Palavras de Powell não assustam Wall Street. Índices retornam aos ganhos

Os principais índices do lado de lá do Atlântico encerraram em alta, num dia marcado por declarações do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que antecipou que será possível cortar os juros diretores "algures este ano".

Apesar da desaceleração económica, a maioria das projeções antecipa ganhos em Wall Street em 2024.
Brendan McDermid/Reuters
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Depois de um dia de pausa no "rally" das tecnológicas em Wall Street, os principais índices norte-americanos retornaram, na sessão desta quarta-feira, aos ganhos.

Os investidores focam-se nas declarações do presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, que testemunhou na Câmara dos Representantes. Amanhã estará presente no Senado.

O S&P 500, referência para a região, somou 0,51% para 5.104,76 pontos, o industrial Dow Jones avançou 0,2% para 38.661,05 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite ganhou 0,58% para 16.031,54 pontos.

Nas declarações escritas iniciais, Jerome Powell, reiterou o que já tinha argumentado no último encontro de política monetária da Fed: o recuo continuado da inflação "não está assegurado" e os decisores necessitam de "maior confiança" numa descida sustentada. Ainda assim, Powell mantém a expectativa de redução das taxas de juro diretoras para este ano.

"Consideramos que, devido à robustez da economia e do mercado de trabalho e aos progressos que fizemos, podemos abordar esse passo [corte de juros] com cuidado, ponderação e maior confiança", disse, em resposta às questões dos representantes no Comité de Serviços Financeiros

"Relativamente a quando vamos atingir essa confiança, a expectativa é que tal aconteça ainda este ano. Poderemos então começar a reduzir essa restrição à nossa política monetária", acrescentou.

"Os comentários [de Powell] estão em linha com o esperado nesta altura", afirmou à Reuters Phil Blancato, diretor executivo da Ladenburg Thalmann Asset Management.

"Ele foi muito comedido no que disse sobre a saúde geral da economia dos Estados Unidos. E, de um ponto de vista da inflação, ainda não chegámos a esse ponto [de corte das taxas de juro]", acrescentou.

Entre os principais movimentos de mercado, a CrowdStrike pulou quase 11%, depois de os resultados do quarto trimestre e as perspetivas para este ano terem ficado acima do esperado. Já a Palantir ganhou 9,87%, após ter assegurado um novo contrato com o exército norte-americano.

Pela negativa, a Foot Locker mergulhou 29,35%, depois de a retalhista ter registado perdas no último trimestre e ter dado "guidance" abaixo do esperado para 2024.

Os bancos regionais estiveram a negociar entre ganhos e perdas depois de o New York Community Bancorp (NYCB) - que no ano passado "salvou" o Signature Bank, durante a crise que levou alguns bancos regionais dos Estados Unidos ao colapso - ter anunciado que vai realizar um aumento de capital superior a mil milhões de dólares. O NYCB vai receber dois dólares por cada ação ordinária ou preferencial convertível.

O banco acabou por valorizar 7,45% no final da sessão, depois de ter chegado a cair mais de 40% na sessão tendo, aliás, a negociação dos seus títulos sido interrompida por várias vezes.
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