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Nos dispara mais de 9% após resultados acima do previsto. É a maior subida dos últimos quatro meses

As ações da empresa de telecomunicações portuguesa estão a disparar mais de 9% em reação aos resultados apresentados ontem.

Miguel Almeida, presidente da Nos, considera que as regras do leilão são “ilegais”.
João Cortesão
11 de Março de 2021 às 10:26
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As ações da Nos, empresa de telecomunicações portuguesa, estão a subir 9,44% para os 3,108 euros por ação, o que representa o maior ganho intradiário desde novembro do ano passado, num dia em que os investidores estão a aplaudir os resultados apresentados ontem, já depois do fecho da sessão. 

Em termos de liquidez, está a registar-se uma corrida às ações da cotada nacional, com mais de 1,7 milhões de ações transacionadas até ao momento, quase que duplicando o número médio de títulos que trocaram de mãos nos últimos seis meses, em torno dos 930 mil. A empresa negoceia assim em máximos de dois meses.

Esta reação deve-se ao facto de os números apresentados ontem terem sido superiores ao que seria esperado por um consenso de analistas que acompanha a evolução da Nos.

A empresa liderada por Miguel Almeida evidenciou uma recuperação no segmento principal das telecomunicações no quarto trimestre do ano passado, de acordo com os analistas do CaixaBank/BPI, uma vez que as receitas conseguiram subir 1% em termos homólogos - contrastando com as quedas registadas nos trimestres anteriores. 


Como um todo, a Nos registou uma queda homóloga de 35,9% no lucro liquido de 2020 para os 92 milhões de euros, face aos 143,5 milhões divulgados no ano anterior, mas o último trimestre do ano deixou os investidores animados. Neste período, as receitas superarem em 9% as estimativas do CaixaBank/BPI, tendo o EBITDA - lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização - sido em linha com o esperado nos 132 milhões.

As casas de investimento que acompanham a Nos não tardaram em manifestar-se, com a JB Capital Markets, o Barclays e o Morgan Stanley a reforçarem as recomendações e a manterem o preço-alvo inalterado. No total, a empresa tem sete notas de análise a recomendar "comprar" as suas ações, outras sete a aconselhar "manter" e apenas uma a dizer que o melhor será "vender", se acordo com a Bloomberg. 

O preço-alvo médio de todas as avaliações é de 3,82%, o que representa um retorno potencial de cerca de 5% face ao valor do fecho de ontem. No ano como um todo, a Nos valoriza quase 6%.
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