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Nervosismo com a Fed à vista e extrema volatilidade deixam Wall Street no vermelho

Os principais índices bolsistas dos Estados Unidos terminaram a sessão com perdas generalizadas, num dia de altos e baixos sem rumo definido.

As pressões inflacionistas têm provocado momentos de alguma turbulência nos mercados.
Carlo Allegri/Reuters
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Wall Street terminou o dia de negociação em terreno negativo, na sequência da negociação desta segunda-feira, onde os principais índices norte-americanos tiveram um dos piores dias em três meses.


Hoje a sessão foi feita entre perdas e ganhos, com o índice de referência mundial S&P 500 a ceder 0,22% para os 4.128,73 pontos e a registar o terceiro dia consecutivo de perdas. Já o industrial Dow Jones perdeu 0,47% para 33.909,59 pontos, enquanto que o Nasdaq Composite negociou positivo durante a maior parte do dia, mas acabou por encerrar inalterado nos 12.381,30 pontos.

A aproximação do discurso de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal norte-americana, marcado para esta sexta-feira em Jackson Hole continua a pesar no sentimento dos investidores.


Ainda esta terça-feira foram divulgados dados sobre a compra de novas casas nos Estados Unidos que registaram o valor mais baixo desde 2016 e ainda estatísticas que mostram que a economia dos EUA contraiu em agosto pelo segundo mês consecutivo - dados que vão estar também a contribuir para a avaliação de Powell sobre a política monetária no final da semana.


"A volatilidade disparou à medida que que os investidores ficam cada vez mais nervosos com o que podem vir a ouvir por parte de oficiais da Fed no simpósio que se aproxima em Jackson Hole", explica Jeffrey Roach, economista da LPL Financial, à Bloomberg. Apesar da inflação nos Estados Unidos já ter atingido máximos, os mercados estão "incertos sobre quão rápido a inflação pode desacelerar na segunda metade do ano".

Entre os principais movimentos de mercado esteve a rede social Twitter que tombou 7,28%, acumulando quase 10% de desvalorização em apenas duas sessões. Isto depois de o antigo responsável pela segurança da plataforma, Peiter Zatko, mais conhecido como "Mudge", ter entregue uma queixa a vários reguladores norte-americanos, onde revela que os executivos do Twitter não têm recursos para saber o número de "bots" na rede social. Zatko garante ainda que os responsáveis da empresa nunca demonstraram interesse no problema.

No mesmo documento, o antigo funcionário do Twitter revela ainda que a rede social tem várias falhas no que toca à questão da segurança e privacidade dos utilizadores.

O número de "bots", ou contas falsas no Twitter, foi uma das questões levantadas por Elon Musk nas negociações de compra da plataforma e que acabaram mesmo por ser a razão pela qual o CEO da Tesla não avançou com a compra e está agora em tribunal.

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