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Mota-Engil desce mais de 4% após decidir não apresentar resultados (act.)

As acções da Mota-Engil estão a descer mais de 4% depois de ter sido alvo de uma nota de análise, onde houve corte de avaliação, e de ter revelado que não vai apresentar os resultados do terceiro trimestre.

Bruno Simão/Negócios
23 de Novembro de 2016 às 10:02
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As acções da Mota-Engil estão a cair 4,33%, esta quarta-feira, 23 de Novembro, para 1,592 euros, tendo chegado a deslizar um máximo de 6,25%.

 

Apesar de, no site da empresa, estar a data de 22 de Novembro como referência para a apresentação dos resultados do terceiro trimestre, a Mota-Engil decidiu não apresentar os números.

 

Esta possibilidade está prevista na lei, depois de ter sido aprovada em Maio a transposição da directiva da transparência. Com esta nova legislação, as cotadas nacionais deixaram de estar obrigadas a apresentar os seus resultados trimestralmente.

 

O CaixaBI acredita que ao optar por não divulgar contas, a empresa poderá penalizar a atractividade das acções. "Na nossa perspectiva, esta decisão prejudica a atractividade da acção uma vez que penaliza ainda mais a capacidade de acompanhar da melhor forma a evolução operacional da cotada", refere o analista José Mota Freitas, numa nota publicada na terça-feira, 22 de Novembro, à noite. O mesmo especialista acrescenta que a retirada de bolsa da Mota-Engil África já se traduziu numa perda de informação sobre a actividade da empresa no continente africano.

 

Os analistas do Haitong salientam que "a empresa já tinha sugerido esta possibilidade e acreditamos que isto pode afectar a visibilidade da empresa. Contudo, reiteramos a nossa visão ‘neutral’ sobre a companhia já que não houve alterações materiais".

 

A Mota-Engil foi também alvo de uma revisão de avaliação por parte do CaixaBI. O banco de investimento cortou as estimativas para todas as áreas de negócio da Mota-Engil, o que resultou numa descida da avaliação da construtora. O CaixaBI reviu em baixa a avaliação das acções da Mota-Engil, de 3,10 euros para 2,45 euros. O corte de 21%, que vem acompanhado de um alargamento do horizonte temporal para o final de 2017, deve-se ao corte de estimativas para "todos os segmentos operacionais".

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

(Notícia actualizada às 10:25 com informação das acções mais recente)

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