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Microsoft consolida posição como maior cotada do mundo. Apple fica a 200 mil milhões de distância

O abrandamento de vendas do novo iPhone na China está a afetar a empresa fundada por Steve Jobs, que desde dezembro de 2023 desvalorizou 2%. A distância entre as duas gigantes tecnológicas tem-se vindo a alargar.

A faturação da inteligência artificial e nuvem da Microsoft superou em 700 milhões de dólares o esperado.
Lucy Nicholson/Reuters
15 de Fevereiro de 2024 às 15:24
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A Microsoft está a consolidar a posição como maior empresa cotada do mundo, enquanto a Apple tem vindo a ganhar distância desta posição. A ameaça da concorrência já assombra a dona do iPhone desde o início do ano e as ações da tecnológica têm vindo a ser pressionadas por receios quanto à procura do smartphone no estrangeiro, onde gera 60% das vendas.

 

Agora, a tendência parece ter vindo para ficar. A capitalização da gigante tecnológica cofundada por Bill Gates ultrapassou os 3,04 biliões de dólares (equivalente a 2,82 biliões de euros) e consolidou-se como a maior empresa de cotada do mundo. Desde final do mês passado que está à frente da rival Apple, após 18 anos em que as posições estiveram invertidas.

 

A divulgação das contas anuais, no início de fevereiro, e a desaceleração da venda de iPhones na China está a afetar o mercado acionista da empresa da Califórnia, que derrapam 2% em bolsa em 2024 e voltaram a cair esta quinta-feira, 15 de fevereiro. A empresa vale agora 2,84 biliões de dólares (2,64 biliões de euros).

Às perdas acumuladas da Apple desde o final de 2023 junta-se o melhor desempenho da Microsoft, alavancado pelo desenvolvimento da inteligência artificial e da plataforma de "cloud" Azure, criada pela empresa norte-americana para construir, testar, implementar e gerir aplicações e serviços através da utilização dos seus "data centers".

 

"Estimamos que o Azure tenha margens brutas de cerca de 60 pontos, impulsionadas por melhorias na sua coleção de ferramentas, plataformas e aplicações, o que é impressionante, na nossa opinião, considerando as contas para a escala e aumento dos gastos com infraestrutura de Inteligência Artificial", apontou o Barclays, citado pelo jornal El Economista, acrescentando que, embora a empresa volte a destacar que a margem foi melhor do que o esperado neste trimestre, "continua a alertar para uma queda nos próximos trimestres à medida que as despesas com a IA continuam".

A 24 de janeiro, a Microsoft ultrapassou a Apple e assim se tem mantido. Desde 2006 que este cenário não se verificava, já que a empresa liderada por Tim Cook liderou os lucros nas últimas décadas. Agora, são quase 200 mil milhões de euros que separam as duas gigantes tecnológicas.

 
(Notícia editada por Inês Santinhos Gonçalves. Corrigida às 18:00)

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