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Mesmo com boas novas da inflação nos EUA Wall Street contém-se nos ganhos

Os principais índices do lado de lá do Atlântico terminaram a sessão com subidas ligeiras, num dia em que a inflação "core" nos EUA mostrou uma ligeira desaceleração, abrindo a porta a uma pausa na subida dos juros pela Fed.

As tecnológicas europeias e norte-americanas têm funcionado como porto seguro em tempos de incerteza. A expectativa de alívio nas subidas dos juros tem impulsionado o setor.
Brendan McDermid/Reuters
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Wall Street terminou a sessão desta quinta-feira a negociar no verde, embora com ganhos mais ligeiros do que na abertura. Os investidores estiveram a avaliar uma muito aguardada leitura da inflação nos Estados Unidos, que abriu caminho a uma pausa no ciclo de aperto da política monetária pela Reserva Federal na reunião de setembro.

A subida dos preços foi de 0,2% em cadeia em julho e de 3,2% em termos homólogos, valores em linha com o que era esperado pelos analistas.

Já a inflação subjacente, que exclui os preços da energia e dos produtos alimentares, que são mais voláteis, desceu uma décima, situando-se em 4,7% em termos homólogos, animando o mercado.

O índice de referência S&P 500 avançou 0,03% para 4.468,83 pontos, o industrial Dow Jones subiu 0,15% para 35.176,15 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite ganhou 0,12% para 13.737,99 pontos.

Apesar do início de sessão com ganhos que chegaram a superar 1%, a valorização no fecho reduziu-se, dado que a inflação, que foi em linha com o esperado pelo mercado, já estava incorporada nas ações, explicou à Reuters, Yung-Yu Ma, analista da BMO Wealth Management.

Ma acrescentou ainda que os investidores se focaram nos riscos de médio-prazo, relativos ao crescimento da economia norte-americana, à desaceleração na concessão de crédito e o impacto da subida de juros pela Fed na economia.


O foco esteve também em dados do emprego nos EUA que mostraram que o número de pedidos de subsídio de desemprego aumentaram 248 mil na última semana, um valor superior aos 230 mil pedidos estimados, mostrando uma desaceleração no mercado laboral.

Entre os principais movimentos de mercado, a Walt Disney subiu 4,8%, depois de ter apresentado contas no final da sessão desta quarta-feira, com lucros que superaram as expectativas dos analistas. A empresa anunciou também que ia aumentar o preço das subscrições sem publicidade da plataforma Disney+, após ter registado uma quebra de 7,4% no número de subscritores no segundo trimestre.

Uma das estrelas do dia foi a Capri, cujas ações dispararam 55,8%, tendo chegado a escalar 58% durante o dia. A casa-mãe das marcas de luxo Michael Kors, Versace e Jimmy Choo recebeu uma oferta da Tapestry de 57 dólares por ação, um prémio de 65% face à cotação de fecho da véspera. A operação, no montante total de 8,5 mil milhões de dólares - incluindo dívida - terá ainda de ser aprovada pelos acionistas da Capri e pelos reguladores.
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