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Maus dados da economia americana continuam a fustigar Wall Street

As bolsas norte-americanas encerraram em terreno negativo, pressionadas pelos novos dados económicos dos EUA, que continuam a desiludir.

Reuters
02 de Outubro de 2019 às 21:24
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O Dow Jones encerrou a recuar 1,86% para 26.078,72 pontos e o Standard & Poor’s 500 cedeu 1,79% para 2.887,61 pontos.

Durante a sessão, o Dow chegou a fixar-se abaixo da fasquia dos 26.000 pontos - o que não acontecia desde o início de setembro.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 1,56% para 7.785,25 pontos.

Foram as quedas mais acentuadas, no caso dos três índices, desde o passado dia 23 de agosto.

 

Outubro costuma ser um mês de fortes quedas e diz-se que é "o mês dos grandes fundos de mercado", porque as bolsas costumam começar a retomar dos mínimos da correção em inícios do mês seguinte e a preparar a reta final do ano em alta. E de momento este cenário está a cumprir-se com a máxima precisão.

 

O motor mais negativo soou na terça-feira, depois da publicação dos dados da atividade industrial nos EUA em setembro – que foram os piores da última década.

 

Esta quarta-feira a pressão prosseguiu, à conta de novos dados dececionantes. Segundo o MarketWatch, os analistas esperavam que fossem criados mais 152 mil postos de trabalho no setor privado em setembro, o que comparava com 195 mil em agosto. Contudo, a criação de emprego no setor privado foi ainda menor (135 mil postos), mostrando uma travagem mais significativa do dinamismo do mercado de trabalho.

 

Na sexta-feira será divulgado o relatório com os dados oficiais do emprego do Departamento do Trabalho, números a que os investidores também estarão particularmente atentos.

 

À conta dos mais recentes dados económicos dececionantes nos EUA – que intensificam os receios de uma desaceleração mundial, com a guerra entre Washington e Pequim a pesar – reforçou-se a especulação sobre se a Reserva Federal vai (ou não) baixar os juros na reunião que acontece no final deste mês.

 

O presidente da Fed, Jerome Powell, tem sido pressionado a fazê-lo tanto pela Casa Branca como, em parte, pelos mercados, mas garantiu que as duas últimas descidas eram apenas um "acerto" e não uma mudança de trajetória.

 

Já na passada sexta-feira houve novos indicadores económicos nos EUA – inflação e gastos dos consumidores – que sinalizaram um arrefecimento da economia norte-americana, o que reforça a convicção de que a Fed deverá cortar pelo menos mais uma vez os juros diretores este ano (já o fez duas vezes em 2019, depois de 10 anos e meio sem os descer).

 

A garantia dada pela Reserva Federal norte-americana de que está pronta a atuar se for necessário (se houver uma debilitação da economia do pais) tem tranquilizado os investidores, mas penaliza a banca, que vê as suas margens serem reduzidas com os cortes de juros.

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