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Matérias-primas dão força a Wall Street
As bolsas norte-americanas abriram em alta esta sexta-feira, a estabilizarem depois dos receios em torno de uma subida dos juros por parte da Reserva Federal. O petróleo está a ganhar terreno nos mercados internacionais e a puxar pelos títulos das matérias-primas.
O índice industrial Dow Jones segue a somar 0,18% para 17.466,15 pontos, e o tecnológico avança 39% para se fixar nos 4.731,06 pontos.
O índice Standard & Poor’s 500, por seu lado, está a valorizar 0,5% para 2.049,15 pontos, depois de ontem se ter estabelecido em mínimos das últimas sete semanas.
Apesar da retoma nesta sexta-feira, o S&P 500 encaminha-se para a terceira semana consecutiva a acumular perdas. Ontem as praças do outro lado do Atlântico negociaram no vermelho devido aos receios de que uma redução dos juros pela Fed já na reunião de Junho possa ser sobrecarga para a economia global, ainda a debater-se com dificuldades.
Nas minutas relativas à última reunião da Reserva Federal norte-americana, divulgadas na quarta-feira, 18 de Maio, a Fed sinalizou a possibilidade de voltar a subir juros na sua reunião se Junho se a economia continuar a melhorar.
Esta probabilidade tem levado o dólar a ganhar terreno, pressionando os activos denominados na nota verde, como é o caso da generalidade das matérias-primas, bem como as multinacionais cujas vendas fora dos EUA acabam por ser penalizadas pela solidez da moeda norte-americana.
No entanto, hoje o petróleo está a negociar em alta, o que está a animar os títulos das matérias-primas, especialmente os ligados à energia.
"Os mercados acabarão por perceber que o mundo não está a desmoronar-se", comentou à Bloomberg um gestor da Seven Investment Manager, Bem Kumar. "A mensagem da Fed para o crescimento mundial é bastante positiva. E vimos os resultados da Wal-Mart [que na quinta-feira registou a subida mais acentuada dos últimos sete anos, devido a lucros acima do estimado, o que trouxe algum optimismo quando à possibilidade de a economia dos EUA estar suficientemente forte para aguentar taxas de juro mais altas], que mostram que os consumidores norte-americanos estão a regressar às lojas", acrescentou o mesmo responsável.