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M&A rompe jejum e ofusca alertas de cautela da Fed. Dow e Nadaq 100 com novos recordes

O mercado viu serem consumados mais de 40 mil milhões de dólares em fusões e aquisições só esta segunda-feira, depois de um período árido. A Uber derrapou 0,40% no dia de estreia no S&P 500.

Fábio Carvalho da Silva fabiosilva@negocios.pt 18 de Dezembro de 2023 às 21:21

Wall Street encerrou a primeira sessão desta semana em terreno positivo, com os investidores mais atentos ao fecho de novos negócios antes do fim do ano, do que à tentativa dos decisores de politica monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana de conter o otimismo dos mercados sobre os potenciais cortes dos juros diretores em 2024.

O S&P 500 valorizou 0,45% para 4.740,56 pontos, dando continuidade aos ganhos de sexta-feira, dia em que fechou uma sétima semana consecutiva de ganhos, o mais longo ciclo desde 2017.  

Por sua vez o Dow Jones fechou a negociação na linha de água (0,002%) em 37.306,02 pontos, tendo durante a sessão renovado máximos históricos, ao tocar nos 37.393,45 pontos. Já nesta sexta-feira, o quase centenário índice tinha batido um recorde, ao ter alcançado durante a negociação os 37.347,60 pontos.

Recorde-se que a pontuação do Dow Jones, ao contrário dos seus dois pares, não é calculada tendo por base a ponderação da capitalização de mercado, mas sim o preço das ações das suas cotadas.

Já o Nasdaq Composite cresceu 0,61% para 14.904,81 pontos. O mais seleto Nasdaq 100 subiu 0.64% para16.729,80  pontos, depois de duranta esta sessao ter batido um novo recorde intradiário, ao pontuar-se nos 16.734,32 pontos, já após esta sexta-feira ter alcançado os 16.623,45 pontos, o valor mais elevado de sempre.

Ao todo, só nesta segunda-feira, foram concretizadas fusões e aquisições (na sigla inglesa M&A) na ordem dos 40 mil milhões de dólares, depois de meses em que o volume de operações ficou a abaixo do que era esperado, de acordo com as contas da Bloomberg.

Entre estas operações, destaca-se o facto de a japonesa Nippon Steel ter vencido o leilão para a compra da histórica siderúrgica norte-americana United States (US) Steel por uma fatura total de 14,9 mil milhões de dólares, o equivalente a 13,64 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual.

A proposta vencedora pressupõe o pagamento de 55 dólares por ação, o que equivale a um prémio de 142% face à cotação de fecho do passado dia 11 de agosto, um dia antes da rival Cleveland-Cliffs ter apresentado a primeira oferta pela siderúgica de 122 anos, apresentando em contrapartida 35 dólares por título. As ações da US Steel terminaram o dia a disparar 26,09%, nos 49,59 dólares.

Estas boas novas ofuscaram assim as declarações da presidente da Fed de Cleveland, Loretta Mester e do líder do banco central em Chicago, Austan Goolsbee, que se juntaram ao coro dos seus pares que avisam o mercado que é prematuro antecipar cortes de juros no próximo ano, ainda que o "dot plot" do banco central aponte para uma redução de 75 pontos base no próximo ano.

Ainda em termos de política monetária, os investidores estiveram a preparar-se para a reunião de política monetária do Banco do Japão (BoJ) que ocorre esta terça-feira.

A Uber derrapou 0,40%, no dia em que se estreou no "benchmark" mundial S&P 500.

As ações da Farfetch viram a negociação suspensa, num dia marcado pelo anúncio de que a empresa fundada por José Neves vai sair da bolsa de Nova Iorque quando a aquisição da empresa pela sul-coreana Coupang estiver concluída.

Depois de concluída a venda, "a Farfetch espera que os detentores de ações de classe A e B e dívida convertível não recuperem qualquer desse investimento. A Farfetch espera também deixar de estar cotada na bolsa de Nova Iorque e ser liquidada", refere a empresa.

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