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Lisboa põe fim a ciclo de sete sessões em queda. "Research" dá ânimo ao PSI

O principal índice da bolsa nacional deixou para trás sete sessões consecutivas de perdas e ganhou esta segunda-feira. Os pesos pesados estiveram a impedir uma maior valorização.

A principal montra da bolsa de Lisboa soma uma valorização próxima de 14% este ano, após ter ganho 2,8% no ano passado.
Tiago Sousa Dias
22 de Janeiro de 2024 às 16:55
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O principal índice bolsista nacional interrompeu esta segunda-feira sete sessões de negociação no vermelho - a mais longa série negativa desde agosto de 2022 - e encerrou a valorizar ligeiramente. Os pesos pesados estiveram a impedir maiores ganhos, num dia em que cinco títulos somaram mais de 2%.

No resto da Europa, a sessão foi também positiva. A sustentar os ganhos esteve o otimismo em torno de possíveis cortes de juros por parte dos bancos centrais, aliado a um maior entusiasmo derivado das tecnológicas devido à inteligência artificial.

Por cá, o PSI somou 0,35% para 6.335,69 pontos, com a maioria das cotadas em alta (10), cinco no vermelho e a Nos inalterada.

A liderar as subidas no principal índice nacional estiveram seis empresas que viram a sua recomendação ou preço-alvo revisto em alta pelo CaixaBank BPI, de acordo com as notas de "research" a que a Bloomberg teve acesso.

A Corticeira Amorim pulou 3,3% para 9,4 euros, atingindo máximos de meados de outubro de 2023. A empresa viu o analista Bruno Bessa rever a recomendação de "neutral" para "comprar" e reduzir o preço-alvo de 11,8 euros para 11,6 euros, o que - ainda assim - prevê um potencial de valorização de 23,4% face à cotação de fecho de hoje.

No setor da pasta e papel, a Altri avançou 3,29% para 4,524 euros, enquanto a Navigator somou 2,59% para 3,65 euros. A primeira foi alvo de uma subida do "target" de 5,3 para 5,6 euros, o que implica um potencial de valorização de 23,78%, ao passo que a segunda viu a recomendação passar de "neutral" para "comprar" e o preço-alvo aumentar de 3,8 para 4,8 euros. O analista Bruno Bessa prevê assim que a empresa valorize 31,51% nos próximos 12 meses.

A Semapa, por sua vez, ganhou 2,47% para 14,08 euros - encerrando em máximos de maio de 2023 -, num dia em que o CaixaBank BPI subiu em seis euros o "target" da empresa, para 27 euros, o que lhe confere um potencial de valorização de 91,76%.

A Mota-Engil continua a consolidar o estatuto de cotada com melhor desempenho este ano - depois de ter sido a que mais ganhou em 2023 - e subiu 2,22% para 4,83 euros, renovando máximos de outubro de 2014. Desde o início de 2024 soma 21,97%.

A construtora poderá também ter beneficiado de uma ligeira revisão em alta do preço-alvo, de 5 para 5,15 euros, o que implica uma valorização de 6,63%.

A meio da tabela os CTT avançaram 0,69% para 3,655 euros e a Sonae somou 0,68% para 0,891 euros. As duas empresas viram o preço-alvo subir de 5 para 5,3 euros e 1,3 para 1,35 euros, respetivamente. Os analistas do CaixBank BPI estimam que os correios possam valorizar 45,01% e que a dona do Continente pule 51,52% nos próximos 12 meses.

A REN, por sua vez, ganhou 0,44% para 2,305 euros, mesmo após uma revisão em baixa do "target" de 2,8 para 2,55 euros. Ainda assim, a expectativa é de uma valorização de 10,63% até janeiro do próximo ano.

Entre os pesos pesados, o BCP ganhou 0,67% para 0,2875 euros e a Galp registou um acréscimo de 0,11% para 13,995 euros. O único banco cotado viu o "target" aumentar quatro cêntimos para 0,35 euros, o que implica uma valorização de 21,74%.

Já a petrolífera, além de uma subida do preço-alvo de 13,9 para 17 euros e que aponta uma subida em bolsa de 21,47%, face a uma anterior desvalorização, viu também a recomendação subir. O analista Pedro Alves passa a recomendar a "compra" as ações da petrolífera, vindo de uma expectativa de "underperform".

Do lado das quedas, a Jerónimo Martins desceu 1,9% para 20,7 euros. A retalhista poderá ter sido penalizada pela nota de "research" que reduziu o "target" para 22,8 euros, de 24,2 euros. Ainda assim, o potencial de valorização é superior a 10%.

A família EDP viu a casa-mãe perder 0,37% para 4,274 euros e a Renováveis deslizar 0,06% para 15,81 euros.

A Ibersol acabou por recuar 0,3% para 6,66 euros e a Greenvolt cedeu 0,24% para 8,15 euros.
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