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Lisboa abre no vermelho. Corticeira Amorim desliza mais de 3,5%
A redução em 29% dos lucros do primeiro semestre da Corticeira Amorim está a pressionar a cotada em bolsa. A Inapa voltou a negociar e abriu com uma queda estrondosa: 88%.
A bolsa de Lisboa acordou a negociar em baixa, com o índice de referência, o PSI, a recuar 0,19% para 6.686,30 pontos, em linha com as principais praças europeias abertas a esta hora.
Das 16 cotadas que fazem parte do PSI, seis arrancaram a sessão com ganhos, nove com perdas e apenas uma (a REN) mantinha-se inalterada em relação ao fecho da sessão anterior.
A época de resultados continua a avançar a todo o gás e, na segunda-feira, foi a vez da Corticeira Amorim e dos CTT de apresentarem as suas contas trimestrais. A empresa líder no ramo da cortiça desvaloriza 3,51% para 9,08 euros, depois de ter registado uma queda de 29% nos lucros na primeira metade do ano para 36,5 milhões de euros, menos 14,8 milhões do que em comparação com o período homólogo.
Por sua vez, os CTT recuam 2,37% para 4,535 euros. Os correios fecharam o primeiro semestre com um resultado líquido de 19,8 milhões de euros, o que corresponde a uma queda de 24% face ao mesmo período do ano passado.
A completar o pódio das perdas está a Galp, que desliza de forma muito mais modesta que as outras duas cotadas. A petrolífera cai 0,55% para 19,105, em linha com a desvalorização dos preços do petróleo registada esta manhã nos mercados internacionais.
Entre os restantes pesos pesados do PSI, só o BCP regista perdas. O banco liderado por Miguel Mayan recua 0,36% para 0,3847 euros, afastando-se da marca dos 40 cêntimos que alcançou há duas semanas.
Já o grupo EDP e a Jerónimo Martins travam maiores perdas do principal índice nacional nestes primeiros minutos de negociação. A EDP Renováveis avança 0,68% para 14,71 euros, enquanto a casa-mãe valoriza 0,42% para 3,835 euros. A retalhista encontra-se a corrigir e pula 0,45% para 15,54 euros, depois de ter vivido o pior dia da história da empresa desde que entrou em bolsa na quinta-feira.
Inapa volta a negociar com cada ação a valer menos de um cêntimo
Fora do principal índice nacional, as ações da Inapa voltaram a ser negociadas, depois da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter levantado a suspenção. Após seis sessões sem poderem negociar, os títulos da distribuidora de papel abriram a sessão a desvalorizar 88% para 0,0034 euros.
A Inapa apresentou-se na segunda-feira à insolvência, devido a uma "carência pontual de tesouraria de curto prazo da sua subsidiária Inapa Deutschland, em montante de 12 milhões de euros, para a qual não se encontrou solução de financiamento até dia 22 de julho, prazo estabelecido pela lei alemã, o que resultou na apresentação à insolvência da Inapa Deutschland nesse dia", informou a empresa à CMVM.
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