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Liquidez na bolsa portuguesa recuou mais de 40% em dois anos

O volume de negócios na bolsa portuguesa tem vindo a diminuir nos últimos anos, tendo atingido mais de 20% em 2016. A liquidez também recuou nas obrigações do Tesouro.

02 de Janeiro de 2017 às 16:19
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O segmento accionista da bolsa portuguesa movimentou 21,9 mil milhões de euros no ano passado, o que representa uma quebra de 21,3% face ao registado em 2015.

 

Os dados revelados pela CMVM esta segunda-feira, 2 de Janeiro, confirmam a tendência de cada vez menos negócios na praça portuguesa. Em 2014 tinham sido movimentados 38,55 mil milhões de euros em acções na praça portuguesa, pelo que no espaço de apenas dois anos a liquidez deu um tombo de 43%.

 

É o reflexo da perda de atractividade na praça portuguesa, que tem nos últimos anos perdido cotadas que apresentavam forte liquidez (como o BES e a Portugal Telecom).

 

Dezembro contribuiu para a tendência negativa da liquidez na praça portuguesa, já que foram transaccionadas acções no valor de 1.545 milhões de euros, menos 1,6% do que em Novembro e uma queda de 15,5% face a Dezembro de 2015.

 

Mas não foi apenas no segmento accionista que a Euronext Lisbon assistiu a uma queda na liquidez. No acumulado do ano foi transaccionado pouco mais de 200 milhões de euros em obrigações, o que representa uma queda de 24,5%.

 

Em unidades de participação foram transaccionados 60,7 milhões de euros, quase metade do registado no ano anterior. Também na EasyNext Lisbon a liquidez sofreu uma queda de mais de 10%, para 569 milhões de euros. Já a Alternext Lisbon negociou apenas cerca de 7 mil euros.

 

Na plataforma MTS, onde são negociadas obrigações do Tesouro e bilhetes do Tesouro, a queda na liquidez também foi acentuada. Atingiu 95.652 milhões de euros, menos de metade do registado em 2015. A queda foi mais acentuada nos títulos de longo prazo (-65,6%) do que nos de curto prazo (-39,3%).   

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