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Jerónimo e EDP contrapõem China e dão dia positivo a Lisboa

O PSI-20 ganhou ligeiramente e conseguiu combater o vermelho que tingiu os restantes mercados accionistas. A Jerónimo Martins somou com nova estimativa de lucros. O plano estratégico valorizou a Mota. A Nos pressionou.

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13 de Outubro de 2016 às 16:41
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A Bolsa de Lisboa conseguiu ganhar terreno. O PSI-20 somou 0,08% para 4.559,01 pontos e contrariou as restantes praças europeias com a ajuda da Jerónimo Martins, do Grupo EDP e da Mota-Engil. Na Europa, o dia foi negativo com vários índices a perderem mais de 1%. 

A China foi um factor determinante para a sessão desta quinta-feira, com as notícias que dão conta da queda das exportações, resultante da redução da procura a nível global. As bolsas cederam um pouco por todas as geografias. Como a Bloomberg dá conta, o índice global MSCI All Contry World cedeu pelo terceiro dia para o valor mais baixo desde Agosto. Os investidores afastaram-se de activos mais arriscados, como são as acções, e procuraram outros activos vistos como mais seguros, como são os casos das obrigações soberanas.

 

Lisboa conseguiu escapar e deve-o especialmente a algumas empresas. A Jerónimo Martins foi um dos destaques pela positiva na sessão. Segundo a casa de investimento da CGD, a dona dos supermercados Pingo Doce deverá, no próximo dia 21 de Outubro, apresentar uma quase duplicação dos lucros para 510 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. O que conduziu a uma subida de 0,85% para 15,945 euros. A concorrente Sonae, pelo contrário, caiu 1,03% e terminou o dia a cotar nos 0,673 euros.

 

As energéticas, que andaram a ser penalizadas pelas notícias que davam conta de uma maior tributação sobre o sector, somaram terreno. A EDP somou 0,98% para 2,882 euros. Já a Renováveis terminou a negociar nos 6,868 euros, um ganho de 0,78%.

 

A Mota-Engil ficou em terreno positivo no dia em que apresentou ao mercado o seu plano estratégico para 2020. Nesse ano, a construtora espera obter um volume de negócios de 4 mil milhões de euros face aos 2,4 mil milhões que registou em 2015.

 

Banca sem grandes movimentações

 

A banca continua sem grandes oscilações já que os dois bancos com capital representado na Bolsa de Lisboa seguem à espera da concretização de investimentos.

 

Por um lado, o BCP aguarda a entrada da Fosun. Um dos passos dados para que tal aconteça, a fusão de acções, deverá acontecer a 24 de Outubro. Enquanto isso, na sessão de hoje, o banco liderado por Nuno Amado somou apenas 0,65% para 1,54 cêntimos.

 

Já o BPI continua à espera que a CMVM dê aval à oferta pública de aquisição lançada pelo CaixaBank. Nos últimos dias, tem negociado ligeiramente abaixo da contrapartida de 1,134 euros. A instituição financeira sob o comando de Fernando Ulrich somou hoje 0,18% para 1,129 euros.

 

Em terreno negativo e a prejudicar o desempenho do índice português esteve a Nos, que recuou 1,26% para 5,738 euros. Os CTT cederam 0,27% para 5,87 euros.

 

Depois do máximo histórico registado ontem, a Corticeira Amorim perdeu 1,26% do seu valor para 9,025 euros.

Fora do PSI-20, nota ainda para a Novabase. A tecnológica disparou 5,69% para 2,118 euros depois de ter anunciado a venda do negócio de infra-estruturas aos franceses da Vinci.



(Notícia actualizada às 16:50 com mais informações)
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