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Mota-Engil quer gerar 4 mil milhões de euros em 2020

O plano estratégico Step Up 2020 prevê um maior equilíbrio entre as três regiões em que o grupo está presente, a concentração em projectos com escala e maior rentabilidade e enfoque nos resíduos e na energia.

A Mota-Engil vai pagar um dividendo de 13 cêntimos por acção, o que corresponde a 5,57% da cotação. A construtora liderada por Gonçalo Moura Martins vai entregar aos accionistas mais de 30 milhões de euros, o que representa mais de 60% dos lucros obtidos.
Miguel Baltazar/Negócios
13 de Outubro de 2016 às 07:24
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A Mota-Engil, que em 2015 registou um volume de negócios de 2,4 mil milhões de euros, tem como objectivo para 2020 atingir os 4 mil milhões de euros. Uma meta assumida no plano estratégico Step Up 2020, apresentado esta quinta-feira, e que representa uma taxa de crescimento de 11% ao ano.
 

Esse aumento do volume de negócios está, contudo, condicionado à verificação de um conjunto de condições como a retoma das economias africanas ou a recuperação do preço das commodities.

Entre os objectivos assumidos no plano conta-se a geração de cash flow acumulado no período 2016-2020 de mais de 1.000 milhões de euros.

No documento, o grupo assume ainda a prioridade para a redução nominal da dívida líquida, mas não avança valores. Além do reforço da estrutura de capitais, sublinha que "em 2020 a dívida líquida tentativamente deverá apenas financiar fundo de maneio, negócios não construção e participações financeiras em concessões de infra-estruturas".

Os objectivos da Mota-Engil para 2020 passam também pela manutenção da margem EBITDA em cerca de 15% e pela redução do peso dos custos de estrutura no volume de negócios para 3% com a optimização da estrutura organizativa. 

 

Equilíbrio entre regiões

 

Ser uma "empresa global especializada em infra-estruturas, focada na geração de valor e em sustentabilidade" é a visão assumida pelo grupo no horizonte de 2020, o que passa por "expandir o negócio da construção para outros sectores de infra-estruturas e construção civil".

A geração de cash flow é um dos três pilares estratégicos assumidos no plano, que passa designadamente pela maior selectividade de projectos e pelo desinvestimento em activos não estratégicos.

Outro pilar é o crescimento sustentável, que passa por novas cadeias de valor de infra-estruturas, maior enfoque nos actuais mercados estratégicos, a concentração em projectos com escala e maior rentabilidade e maior foco nos negócios dos resíduos e energia.

O terceiro pilar da estratégia é definido como risco controlado, o que passa pelo equilíbrio do peso das regiões em que o grupo está presente, assim como pela diversificação da base de clientes, fornecedores e fontes de financiamento.

Na Europa, as linhas de acção do grupo passam, entre outros, pelo reforço da área de resíduos e pela expansão selectiva e progressiva para novos mercados.

Em África, o grupo quer apostar "em clientes de maior recorrência e menos dependentes da volatilidade típica dos mercados emergentes" e investir na formação de quadros locais.

Já na América Latina a estratégia passa pelo alargamento do portfólio de negócios, nomeadamente o desenvolvimento de competências na produção de energia, pela entrada em negócios de infra-estruturas de maior recorrência e rentabilidade e pelo desenvolvimento de competências no negócio das concessões de infra-estruturas de transporte.  

Para 2020 a Mota-Engil quer também reforçar parcerias, quer de mercado com o aprofundamento das parcerias que já tem e desenvolvimento de parcerias em novos mercados; de negócio, de forma a permitir a expansão na cadeia de valor das infra-estruturas; e financeiras, com o desenvolvimento de parcerias para abordagem a projectos greenfield de concepção, construção e operação como a que teve com o Novo Banco.

Por outro lado, salienta o grupo, a estratégia financeira até 2020 assenta em cinco pilares: alocação eficiente de capital, racionalização do investimento em meios de produção e optimização do fundo de maneio, fomento de parcerias financeiras de longo prazo, diversificação das fontes de financiamento e prioridade às fontes de financiamento local para gestão de tesouraria e liquidez. 

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