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Incerteza nas eleições atira Wall Street para perdas

Uma sondagem que dá ligeira vantagem ao candidato republicano nas eleições presidenciais da próxima semana deixou os investidores de pé atrás e menos apostados em activos de risco.

Reuters
01 de Novembro de 2016 às 20:04
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A negociação nas praças americanas iniciou o mês de Novembro em terreno negativo, com as perdas a serem generalizadas aos principais índices, perante novas incertezas em relação ao desfecho das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para dentro de uma semana.

O S&P 500 terminou a sessão nos 2.111,75 pontos (na sexta queda e em mínimos de Julho após um recuo de 0,68%), ao passo que o tecnológico Nasdaq cedeu 0,69% para 5.153,68 pontos. O industrial Dow Jones também não fugiu à tendência e encerrou o dia com perdas de 0,58% para 18.037,1 pontos.

No dia em que foram conhecidas sondagens que dão vantagem ao candidato republicano Donald Trump, que tem feito campanha à base de um discurso proteccionista, é dado como tendo ultrapassado a adversária democrata Hillary Clinton numa sondagem da ABC News/Washington Post que dá 46% de apoio a Trump e 45% a Clinton.

"A informação mais recente coloca a eleição em questão. Antes disso parecia que a Sr.ª Clinton ganharia. (...) Há muitos pontos de interrogação e enquanto todo se torna mais indefinido à medida que nos aproximamos da próxima terça-feira [data das eleições] o mercado vai apresentar menos liquidez e mais volatilidade", afirmou Charles Comiskey, do Bank of Nova Scotia, à Bloomberg.

A aversão ao risco beneficiou no entanto activos de refúgio como o franco suíço ou o japonês iene face ao dólar, bem como a cotação do ouro. A sessão nas bolsas europeias já havia igualmente sido negativa, marcada pelos resultados empresariais, levando o Stoxx 600 a cair pela sétima sessão consecutiva.

Esta quarta-feira os investidores estarão de olhos postos na reunião da Reserva Federal, que termina o seu segundo e último dia de encontro e onde deverá ficar entreaberta a porta para a decisão em Dezembro de uma nova subida dos juros na maior economia do mundo.

Também para amanhã, mas antes da abertura dos mercados em Nova Iorque, é esperada a divulgação de resultados de dois gigantes da tecnologia – a Alibaba e a Facebook.

A retalhista electrónica chinesa deverá ter visto o resultado líquido no terceiro trimestre cortado a menos de metade em relação ao mesmo período de 2015, para 1,04 mil milhões de dólares, segundo analistas da Capital IQ. Já a rede social terá tido um disparo de 54% nas receitas face ao período homólogo, no quarto trimestre consecutivo de ganhos, segundo analistas sondados pela Reuters.

(Notícia actualizada às 20:41)
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