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Iminente ataque dos EUA contra a Síria atira Wall Street para o vermelho

A ameaça feita por Donald Trump de que os mísseis "estão a chegar" à Síria e a perspectiva de que um ataque americano poderá escalar a tensão com a Rússia, levou as principais praças americanas para terreno negativo.

Reuters
11 de Abril de 2018 às 14:34
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O índice Dow Jones abriu a sessão desta quarta-feira, 11 de Abril, a perder 0,76% para 24.223,13 pontos, seguido pelo Nasdaq Composite a recuar 0,39% para 7.066,629 pontos, e pelo Standard & Poor’s 500 a resvalar 0,49% para 2.642,79 pontos.

 

Se ontem Donald Trump contribuiu para reforçar os ganhos em Wall Street ao considerar "simpáticas palavras [de Xi Jinping] sobre as tarifas e as barreiras aduaneiras aos automóveis", a ameaça hoje dirigida à Rússia teve o efeito contrário.

O presidente dos Estados Unidos avisou a Rússia de que os mísseis "estão a chegar" à Síria, reagindo assim às declarações de elementos do Kremlin, como o embaixador russo no Líbano, que avisavam Washington de que as forças russas iriam abater quaisquer mísseis lançados pelos EUA.

A perspectiva de agudização do conflito militar sírio e de reforço da tensão bilateral entre Washington e Moscovo está a causar apreensão nos mercados, com as bolsas mundiais em queda e o dólar em mínimos de 28 de Março no índice da Bloomberg que mede a evolução da divisa americana contra um cabaz das principais moedas internacionais.

A expectativa de aumento da tensão no Médio Oriente levou a uma inversão na negociação do petróleo, que estava em queda e passou a valorizar, estando nesta altura a apreciar 0,63% para 65,92 dólares por barril em Nova Iorque (WTI). Já o Brent, negociado em Londres, soma 0,51% para 71,40 dólares, estando em máximos de três anos. As cotadas petrolíferas americanas estão assim em queda, com a Chevron a perder 0,27% para 118,53 dólares, a Marathon Petroleum a deslizar 0,16% para 73,58 dólares e a Exxon a ceder 0,08% para 77,01 dólares.

 

Também a penalizar o sentimento em Wall Street está o facto de os preços no consumidor terem recuado, em Março (-0,1%), pela primeira vez em 10 meses, o que ficou sobretudo a dever-se à quebra verificada no custo da gasolina.

 

Por outro lado, os investidores aguardam a divulgação que será feita esta tarde das actas referentes à última reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos, encontro em que o banco central americano decretou um novo aumento dos juros.


(Notícia actualizada às 14:41)

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