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Há 9 tecnológicas portuguesas que podem ir para a bolsa

Arrancou a quarta edição do Techshare, um programa organizado pela Euronext e que dá as ferramentas necessárias às tecnológicas para que um dia possam vir a negociar em bolsa. De Portugal, são nove os "alunos" deste curso intensivo de dois dias.

As bolsas mundiais viveram um período dourado de ganhos. Mas a chegada de 2018 inverteu a tendência de ganhos nos mercados financeiros globais. Após anos de máximos e com um nível de volatilidade crescente nos mercados, os especialistas recomendam maior cautela na hora de investir. A aposta recai em empresas de qualidade. 

'O foco continua a estar no crescimento do lucro por acção e nos nomes que podem entregar este crescimento a médio prazo', refere a Amundi. A gestora alerta para uma rotação no mercado para empresas de maior qualidade e realça que prefere empresas norte-americanas, devido ao ambiente de forte subida dos lucros e 'ao facto de os riscos relacionados com a regulação terem sido identificados e descontados [no valor das cotações]. A Pictet também aponta uma estratégia mais defensiva, identificando oportunidades no sector do consumo e da saúde, ao mesmo tempo que passou a assumir uma posição 'neutral' no sector financeiro, face aos riscos actuais.

'No bloco europeu, os sectores de telecoms e 'utilities' continuam a apresentar múltiplos de PER com o maior desconto face à mediana, sendo penalizados pela superior
alavancagem dos seus balanços', nota o BiG, no seu 'outlook' para o terceiro trimestre. O sector industrial, de cuidados de saúde e consumo são outros em que o banco vê oportunidades na Europa.
Reuters
21 de Setembro de 2018 às 11:58
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Já arrancou mais uma edição do Techshare, um programa organizado pela Euronext para preparar as tecnológicas que queiram ir para a bolsa no futuro. Esta é já a quarta edição deste curso intensivo, que conta este ano com nove empresas portuguesas.

 

Foi através de uma candidatura, e em alguns casos de um convite, que a Crioestaminal, a Wine with Spirit, Sensei, InnoWave, Viva Superstars, Void Software, Video Observer, PICadvanced e a Heptasense estão presentes na conferência da Euronext que arranca esta sexta-feira, 21 de Setembro, e prolonga-se até sábado.

 

O objectivo do programa é dar as ferramentas necessárias a estas tecnológicas caso um dia decidam diversificar as fontes de financiamento através de uma entrada em bolsa. Ou seja, a Euronext compromete-se a disponibilizar informação e exemplos práticos de empresas que já deram este passo.

 

As nove tecnológicas portuguesas fazem parte de um grupo de 135 "alunos" de vários cantos da Europa, naquela que é a primeira vez que a Euronext decidiu incluir empresas fora dos seus mercados "core", incluindo Espanha, Itália, Suíça e Alemanha. Uma decisão que levou a um aumento do número de participantes: na primeira edição, em 2015, estiveram presentes 30 empresas.

 

"A Europa está a fervilhar com empresas tecnológicas muito inovadoras que alcançaram uma fase crítica do seu crescimento", afirma Stéphane Boujnah, CEO e "chairman" do managing board da Euronext. "Após várias rondas de financiamento, procuram agora outras formas de aceder a capital", um caminho que a Euronext promete ajudar a percorrer através desta formação. O objectivo final é, claro, atrair mais empresas para o mercado de capitais.

 

A jornalista viajou para Paris a convite da Euronext

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