Notícia
Grupo EDP volta a pesar no PSI sob pressão das políticas de Trump
O índice nacional fechou no vermelho, liderando as perdas europeias num dia em que as bolsas do Velho Continente estiveram divididas. As elétricas prolongaram a sequência negativa recente, pressionadas pelas novas políticas energéticas da administração Trump.
A bolsa de Lisboa fechou em baixa esta quarta-feira, voltando a ser penalizada pelo setor da energia, numa sessão em que as principais praças europeias estiveram divididas, com os receios sobre a possível implementação de tarifas em breve pela administração Trump.
O índice de referência nacional, o PSI, desceu 0,96% para 6.505,51 pontos, com 10 dos seus 15 títulos no vermelho, liderando as perdas a nível europeu.
O grupo EDP voltou a liderar as quedas, prolongando as quedas motivadas pelo travão ao setor eólico aplicado nos EUA. A EDP caiu 3,55% para 2,960 euros e a EDP Renováveis desceu 4,81% para 8,82 euros, apesar de o CEO do grupo ter manifestado o seu otimismo sobre a presença do grupo nos EUA, devido às necessidades energéticas do "boom" da inteligência artificial e data centers.
Ainda com perdas, mas menos expressivas, a Galp recuou 0,85% para 16,90, depois de Trump ter declarado uma "emergência energética nacional" e prometido extrair mais petróleo, pressionando os preços do crude nos mercados internacionais.
Já o BCP interrompeu a sequência recente de ganhos, depois de ter superado os 51 cêntimos na sessão anterior – um máximo de quase nove anos. O banco recuou 0,62% para 0,5092 euros.
O retalho também pressionou o PSI. A Sonae recuou 0,22% para 0,900 euros, enquanto a Jerónimo Martins perdeu 0,73% para 19,00 euros.
Do lado dos ganhos, destaque para as subidas da Altri e da Ibersol. A cotada ligada ao setor do papel acelerou 4,50% para 5,690 euros e atingiu um máximo de sempre. A empresa estará a ser beneficiada em parte pela queda do euro, o que favorece as exportadoras.
Já a gestora de restaurantes liderou os ganhos e disparou 4,55% para um máximo de 2018, fechando nos 8,74%, animada pela expansão recente das suas cadeias de fast food.
A Corticeira Amorim também fechou com ganhos robustos, ao subir 3,00% para 8,25 euros, depois de a JB Capital Markets sobe recomendação da cotada para "comprar".