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Grupo EDP penaliza bolsa portuguesa em dia de arranque da OPA

As perdas no PSI-20 são generalizadas a praticamente todos os títulos, com as energéticas e industriais entre as maiores pressões. Quedas - a que o CTT escapa - acompanham o tom vermelho do resto da Europa, com Paris a ter as maiores perdas.

Miguel Baltazar/Negócios
06 de Julho de 2017 às 13:09
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A praça portuguesa intensificou as quedas nas últimas horas, a acompanhar o resto da Europa onde as acções já estiveram próximas de mínimos de mais de dois meses.

Ao fim de quatro subidas, o PSI-20 perde 0,91% para 5.156,03 pontos, em linha com o recuo de 0,92% do índice de referência no espaço europeu, o Stoxx 600.

O universo EDP é dos mais penalizados, a cair mais de 1%. Um dia depois de a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários ter dado luz verde à OPA da EDP sobre a Renováveis, que arrancou hoje a 6,75 euros.

A EDP Renováveis cai 1,92% para 6,89 euros, ainda assim um valor 2% acima do oferecido pela casa-mãe, numa altura em que o banco de investimento Haitong diz ser pouco provável que o preço venha a aumentar. Já a EDP perde 1,33% para 2,82 euros. Ainda na energia, alheios à recuperação dos preços do barril de petróleo em Londres e Nova Iorque, os títulos da Galp recuam 0,3% para 13,2 euros.

Depois de ontem ter disparado mais de 99% devido à oferta preliminar lançada pela associação mutualista – um euro por unidade de participação - o Montepio cai 1,11% para 97,9 cêntimos.

Mais de metade das constituintes do PSI-20 cai mais de 1%, com as industriais Corticeira Amorim e Altri entre as mais penalizadas (com quedas a rondar os 1,6%). A Pharol cai 1,29% para 0,306 euros depois de sabido que os fundos do Banco Safra alteraram a posição na Oi  - de que a cotada portuguesa é maior accionista – vendendo acções preferenciais e comprando acções ordinárias.

O BCP recua 0,62% para 0,2406 euros. Entre os títulos do índice, apenas os CTT escapam às perdas, a somar 0,83% para 5,559 euros, depois de ter ontem anunciado que os donos da cadeira de roupa infantil Mayoral reforçaram a sua posição na cotada, passando a deter mais de 5%.

Nas praças europeias, Paris é a que mais cai – 1,12% para 5.121,85 pontos depois de fraca procura num leilão de dívida de França esta manhã - enquanto Madrid recua menos de 1%, com o banco Santander a perder 1,12% para 5,76 euros no dia em que arrancou o aumento de capital de 7.000 milhões de euros, destinado a suportar a compra do Popular.

A marcar o dia dos investidores estão as fortes perdas do preço do petróleo na sessão de ontem e a divulgação das actas da Reserva Federal norte-americana relativas à última reunião, em que ficou assente a diminuição do balanço, embora sem datas. Hoje é dia de serem conhecidas as actas da mais recente reunião do Banco Central Europeu.

Em paralelo, o mercado obrigacionista assiste a fortes valorizações dos juros associados à negociação de dívida alemã (prazo a 10 anos) em mercado secundário, que já estiveram em máximos de 17 meses depois de reduzida procura no leilão de dívida a 30 anos de França.

No cenário geopolítico, os olhos estão colocados na visita de Trump à Polónia, em véspera de o presidente norte-americano se encontrar com o seu homólogo russo à margem da cimeira do G20.

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