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Grupo EDP e Jerónimo Martins deixam Lisboa à margem do efeito Trump
O PSI-20 inverteu para terreno negativo numa altura em que os índices europeus marcam ganhos em torno de 1%. Na Europa o sector financeiro está em destaque pela positiva.
A bolsa nacional segue em terreno negativo, pressionado pela queda das acções da EDP, EDP Renováveis e Jerónimo Martins, que mantêm a bolsa portuguesa à margem da tendência altista que se continua a registar nas principais praças europeias devido à vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos.
O PSI-20 desvaloriza 0,33% para 4.480,42 pontos, com 13 cotadas em alta e apenas quatro em terreno negativo. A maioria dos índices accionistas europeus marca ganhos em torno de 1%, continuando a beneficiar com o efeito Trump, numa altura em que os investidores dão relevo ao plano de investimento público do próximo Presidente dos Estados Unidos para impulsionar a economia.
Já ontem o índice português tinha contrariado o movimento de alta dos mercados accionistas, sendo que a tendência negativa desta quinta-feira se deve apenas ao comportamento de três cotadas, que têm bastante peso no índice.
É o caso da EDP Renováveis, que desvaloriza 3,86% para 5,851 euros, com os investidores a temerem o desinvestimento da administração de Trump nas energias renováveis, uma das marcas da presidência de Obama. O mercado norte-americano representa cerca de metade da actividade da EDPR, que ontem já tinha sofrido uma queda de mais de 6%.
Arrastada pela filial, a EDP desvaloriza 2,11% para 2,78 euros. A descida da EDPR acontece apesar de a unidade de research do BPI ter acrescentado a empresa liderada por Manso Neto à sua lista das cotadas preferidas.
A Jerónimo Martins é a outra cotada a pressionar o PSI-20, com uma queda de 2,66% para 15,18 euros. Em sentido inverso está a rival Sonae SGPS, que se destaca pela positiva depois de ter anunciado resultados que agradaram aos analistas. As acções da empresa que detém os supermercados Pingo Doce somam 5,7% para 0,76 euros.
Banca europeia lidera ganhos
O sector financeiro está a liderar os ganhos nas bolsas europeias, como Stoxx Banks a subir mais de 3%.
O UBS está mesmo a registar a melhor sessão desde 2012, com subidas acima de 5%. A Aegon dispara 9% depois de ter anunciado resultados acima do esperado
Em Lisboa o BCP também se destaca pela positiva, com uma valorização de 3,26% para 1,1875 euros. O banco está a reagir aos resultados dos primeiros nove meses (prejuízos de 251,1 milhões de euros) e a ser impulsionado pelo pedido da Sonangol para reforçar a sua posição no capital do banco.
Ainda a impulsionar o índice português a Navigator avança 1,22% para 2,656 euros, os CTT somam 1,43% para 6,31 euros e a Pharol valoriza 1,27% para 0,239 euros. A brasileira Oi, participada pela empresa portuguesa, aumentou os prejuízos em 7% no terceiro trimestre.