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Ganhos da banca atiram Wall Street para novos recordes
Dia após dia, as bolsas do outro lado do Atlântico continuam a marcar novos máximos históricos. São as subidas do petróleo, é o plano "fenomenal" de Trump para a fiscalidade das empresas, são os bons resultados corporativos: uma junção de factores que está a manter os índices norte-americanos numa tempestade perfeita de subida aos céus.
Os principais mercados accionistas dos EUA prosseguem a senda altista, sem vontade de parar. Como dizem os entendidos em análise técnica, os índices estão em "subida livre" sem zonas de resistência pela frente.
A contribuir para esta tendência positiva continuam a estar as declarações de Donald Trump sobre o seu plano "fenomenal" de reforma do IRC, a ser apresentado nas próximas "duas ou três semanas", bem como o fortalecimento do petróleo e os bons resultados das empresas nesta época de apresentação de contas – que está a revelar-se a melhor desde 2014.
O índice industrial Dow Jones fechou a somar 0,45% para 20.504,41 pontos, que é um novo máximo de sempre.
Também o Standard & Poor’s 500 estabeleceu novos máximos históricos, pela quarta jornada seguida, ao atingir a meio da sessão os 2.337,41 pontos. No fecho, fixou-se nos 2.337,58 pontos, a somar 0,40%.
O índice tecnológico Nasdaq Composite acompanhou o movimento de subida, terminando a ganhar 0,32% para 5.782,57 pontos, depois de alcançar durante a sessão o nível mais alto de sempre – nos 5.783,09 pontos.
Mas não só. Um outro índice de Wall Street continuou a seguir as pisadas dos "três grandes": o Russell 2000, índice que agrega as principais "small caps" [empresas com baixas capitalizações bolsistas]. O índice fechou a subir 0,31% para 1.396,65 pontos, fixando assim um novo recorde de fecho. Durante a sessão chegou aos 1.397,13 pontos, não batendo contudo o máximo histórico atingido na véspera durante a negociação intradiária (1.398,60 pontos).
Os fortes ganhos da banca estiveram em destaque na sessão desta terça-feira. E a animar o sector financeiro estiveram as declarações da presidente da Fed perante o Senado norte-americano, que viu riscos em esperar muito tempo para aumentar os juros. Janet Yellen não deu qualquer indicação sobre a altura em que os juros voltam a subir, sendo que os investidores vêem como cada vez mais provável que tal possa acontecer já na reunião de 14 e 15 de Março.
Esta perspectiva de subida dos juros é mais um factor de sustentação da banca – além das promessas de Trump de reduzir as regulações para as instituições financeiras –, uma vez que os bancos ganharão mais dinheiro na concessão de empréstimos.
O Goldman Sachs esteve em destaque, ao disparar 1% para encerrar em máximos históricos. O banco norte-americano encerrou com um avanço de 1,30%, para 249,46 dólares, depois de ter chegado a recordes a meio da sessão, nos 250 dólares. O último máximo de sempre do Goldman tinha sido atingido ainda antes da crise financeira.
Do lado das perdas estiveram os títulos do imobiliário e das "utilities" (água, luz, gás), dado que são sectores onde a distribuição de dividendos atinge valores elevados, o que faz com que sejam menos atractivos quando os juros das Obrigações do Tesouro sobem.