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Galp Energia perde 2% e mantém PSI-20 em terreno negativo
A bolsa de Lisboa continua a negociar em queda, penalizada nomeadamente pelas acções da Galp Energia. Entre as restantes praças europeias, o vermelho é também a cor dominante.
A bolsa nacional mantem-se a negociar em terreno negativo, em linha com as principais congéneres europeias, num dia em que os investidores estão a digerir a possibilidade de a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) subir os juros em Junho.
O PSI-20 desvaloriza 0,64% para 4.822,87 pontos, com 13 cotadas em queda, quatro em alta e uma inalterada. O principal índice holandês lidera as desvalorizações no Velho Continente ao recuar 1,49%, seguido pelo britânico Footsie, que desce 1,17%. O Stoxx 600, índice de referência, recua 0,49%.
A centrar as atenções dos investidores está o facto de a Fed ter admitido voltar a subir a taxa de juro de referência já na próxima reunião. A revelação foi feita nas minutas do último encontro, com a instituição liderada por Janet Yellen a impor como condição a melhoria dos diversos indicadores económicos. Mas por várias vezes deixa a porta aberta à decisão, salientando que a mudança de linguagem é intencional.
Por cá, destaque para as acções da Galp Energia, que recuam 2,04% para 11,75 euros. Os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais após o departamento de Energia dos EUA revelar um aumento inesperado das reservas da matéria-prima na semana passada. As reservas cresceram 1,3 milhões de barris, após terem recuado na semana anterior, indicou a Administração de Informação de Energia norte-americana. Com o aumento da oferta, os preços da matéria-prima voltam a negociar em queda, afastando-se da fasquia dos 50 dólares. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, desvaloriza 2,02% para 47,94 dólares por barril.
Ainda no sector energético, a EDP desce 0,88% para 2,932 euros. A EDP Renováveis perde 0,59% para 6,588 euros. A REN recua 1,22% para 2,588 euros.
Em queda está também a Nos, que desce 0,57% para 6,26 euros, depois de ter encerrado a sessão de ontem a subir 1,89% para 6,296 euros. A Nos revelou ontem antes da abertura do mercado que fechou um acordo com a Vodafone que prevê a partilha de transmissão de direitos desportivos, bem como de custos associados a estes conteúdos. A Autoridade da Concorrência já foi informada do acordo entre a Nos e a Vodafone para a distribuição de conteúdos desportivos. Agora, vai analisar "os concretos termos do referido acordo", disse fonte oficial do regulador ao Negócios.
A Jerónimo Martins cede 0,25% para 13,71 euros. A Sonae desvaloriza 0,77% para 90,7 cêntimos.
Por outro lado, na banca, o BPI soma 2,46% para 1,165 euros. O Negócios na edição de hoje avança que CMVM só decide se há auditor na OPA ao BPI em Setembro. Isabel dos Santos pediu um auditor independente para fixar preço da OPA, mas por lei, CMVM só pode decidir quando avaliar registo da oferta. Prazos do CaixaBank empurram decisão do supervisor para o final do Verão. Catalães querem BPI cotado.
A administração do BPI tinha avaliado as acções do banco 38% acima da contrapartida oferecida na OPA do CaixaBank. Ainda assim, os analistas consideram que a oferta continua a oferecer uma solução para os problemas do banco.
O BCP sobe 0,62% para 3,23 cêntimos.