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Fed retira Wall Street do vermelho mas Pompeo mantém receios no radar

As principais bolsas norte-americanas fecharam em terreno positivo, invertendo das perdas de grande parte da sessão. A animar esteve a divulgação das actas da Fed, o que temperou os receios em torno das relações dos EUA com a Coreia do Norte e com a China.

Reuters
Carla Pedro cpedro@negocios.pt 23 de Maio de 2018 às 21:05

O Dow Jones fechou a sessão desta segunda-feira a ganhar 0,18% para 24.879,12 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,32% para 2.733,27 pontos.

 

Por seu lado, o Nasdaq Composite somou 0,64%, a valer 7.425,95 pontos.

 

As bolsas do outro lado do Atlântico negociaram no vermelho durante grande parte da sessão, penalizadas sobretudo pelos receios em torno de um recrudescer das tensões comerciais e geopolíticas.

 

Os investidores receiam que haja retrocessos nas conversações comerciais entre os EUA e a China, o que minaria o crescimento económico mundial.

 

Além disso, depois de ontem Donald Trump ter dito que o seu encontro com o líder norte-coreano, previsto para 12 de Junho em Singapura, poderá não acontecer nessa data, os receios voltaram hoje a intensificar-se com as declarações do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que disse que o seu país prefere afastar-se da Coreia do Norte do que assinar um mau acordo.

 

Pompeo disse esta quarta-feira que Washington está preparada para virar costas às conversações com Pyongyang sobre o nuclear se o encontro entre Trump e Kim Jong-Un não correr como esperado.

 

"Um mau acordo não é opção", declarou Pompeo, citado pela Reuters. "O povo americano está a contar connosco para chegarmos à solução certa. Se não tivermos o acordo certo em cima da mesa, iremos respeitosamente embora", acrescentou.

 

O presidente dos EUA já tinha dito ontem que havia "uma forte probabilidade" de o seu encontro com o líder norte-coreano não acontecer a 12 de Junho, como estava planeado. Tudo porque, justificou, Jong-Un parece estar a resistir à ideia de abandonar as suas armas nucleares.

 

Está previsto a cimeira de Singapura decorrer num ambiente de desanuviamento, isto depois da aproximação de Pyongyang e Seul que permitiu à Coreia do Norte e à Coreia do Sul assinarem um acordo de paz que colocou formalmente fim à guerra coreana e que estabeleceu como "objectivo comum" garantir a "desnuclearização total" da península coreana. 

 

Perante estes receios de guerra comercial e geopolítica, as bolsas norte-americanas mantiveram-se em baixa durante quase toda a sessão. Mas quando foram divulgadas as actas da última reunião da Fed, às 19:00 de Lisboa, os investidores gostaram do que leram e os mercados accionistas conseguiram entrar em terreno positivo.

 

O movimento de vendas foi assim temperado pelo facto de as actas da Reserva Federal terem sinalizado um ritmo de subida dos juros directores mais lento do que o esperado.

 

Apesar de os responsáveis da Fed terem afirmado que haverá "em breve" uma nova subida dos juros, também sublinharam que nada prevê um endurecimento mais agressivo da política monetária – o que significa que se mantém o objectivo de subir os juros três vezes este ano; e não quatro, como muitos recearam.

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