Notícia
Fed e Trump condicionam Wall Street
As bolsas dos EUA fecharam sem uma tendência definida, num dia marcado por questões judiciais que envolvem o ex-advogado de Trump e que se especula que possam afectar o presidente dos EUA, bem como pelas minutas da Fed, que reiteram a perspectiva de mais uma subida de juro nos EUA em Setembro.
O Dow Jones caiu 0,34% para 25.733,60 pontos, o enquanto o tecnológico Nasdaq subiu 0,38% para 7.889,10 pontos. Já o S&P500, que ontem tocou num novo máximo histórico, fechou com uma queda de 0,04% para 2.861,85 pontos.
A determinar este comportamento das bolsas americanas estiveram, essencialmente dois factores, que acabaram por se sobrepor à expectativa de que a guerra comercial entre os EUA e a China acalme.
Na terça-feira à noite foi divulgado que o ex-advogado de Donald Trump, Michael Cohen, se deu como culpado em vários crimes, entre eles ter feito pagamentos para silenciar testemunhas prejudiciais à campanha de Trump à presidência dos EUA. Este caso está a aumentar a especulação de que este assumir de culpa terá impacto em Donald Trump.
O presidente dos EUA deu também uma entrevista onde revelou que só soube destes pagamentos depois de terem sido realizados. E rejeita que tenham sido cometidos crimes, uma vez que os pagamentos foram feitos com fundos do próprio Trump e não com valores provenientes da campanha.
A contribuir para o desempenho das bolsas está também a divulgação das minutas da última reunião da Reserva Federal (Fed) dos EUA, que acabaram por aumentar a expectativa de que os juros dos EUA vão aumentar mais duas vezes este ano. E a primeira deverá ser em Setembro.
Entretanto, os investidores aguardam para saber o desfecho das reuniões entre os EUA e a China, sobre a guerra comercial. A expectativa é que a tensão entre os dois países diminua.