Notícia
Emprego fraco e adiamento de tarifas animam Wall Street
As bolsas do outro lado do Atlântico abriram em alta, impulsionadas pela expectativa de um alívio das tensões comerciais e também pela perspetiva de um corte dos juros por parte da Reserva Federal norte-americana.
O Dow Jones segue a somar 0,71% para 25.720,66 pontos e o Standard & Poor’s 500 avança 0,44% para 2.855,37 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite regista uma valorização de 0,46% para 7.650,38 pontos.
Os índices bolsistas de Wall Street estão a refletir o otimismo dos investidores quanto à possibilidade de um alívio das tensões comerciais entre Washington e Pequim, depois de a Administração Trump ter dito que irá adiar por duas semanas as tarifas aduaneiras sobre alguns produtos chineses.
As tarifas sobre uma série de produtos importados da China iriam aumentar para 25% a partir de 1 de junho, mas o Governo norte-americano decidiu adiar o prazo para 15 de junho.
Também se espera um adiamento das anunciadas tarifas aduaneiras dos EUA sobre produtos importados do México, previstas para entrarem em vigor na próxima segunda-feira, 10 de junho.
Por outro lado, os dados do emprego saíram abaixo do esperado. O número de contratações nos EUA aumentou em 75.000 no mês de maio, mas as estimativas dos economistas inquiridos pela Bloomberg apontavam para uma subida de 175.000, o que reforça a expectativa de que a Fed possa descer os juros diretores já na reunião de julho.
Com os mais recentes indicadores a revelarem uma desaceleração económica, os operadores cada vez mais acreditam que o banco central irá cortar os juros, com as "odds" a apontarem para um corte de 25 pontos base já no próximo mês.
Esta perspetiva está a animar a negociação bolsista, já que os "bulls" acreditam que uma flexibilização da política monetária da Fed irá revitalizar a economia e impulsionar os lucros das empresas.
A taxa de desemprego, por seu lado, manteve-se em mínimos de 49 anos, nos 3,6%.