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Economia dos EUA criou menos de metade do emprego esperado

Os economistas esperavam que os Estados Unidos tivessem criado 175 mil empregos em maio, mas o saldo foi muito inferior: 75 mil. A taxa de desemprego manteve-se nos 3,6%.

EPA
07 de Junho de 2019 às 13:50
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A economia dos Estados Unidos criou muito menos empregos do que era esperado em maio, um dado que poderá dar mais argumentos à Reserva Federal norte-americana para reverter a normalização da política monetária.

Segundo os dados revelados pelo Departamento do Trabalho esta sexta-feira, 7 de junho, foram criados 75 mil postos de trabalho no mês passado, quando as estimativas apontavam para os 175 mil.

O valor não só fica abaixo das projeções, como é muito inferior ao de abril, mês em que foram criados nos Estados Unidos 263 mil empregos. Ainda assim, alguns especialistas alertam que os números de maio ainda podem estar a ser inflacionados pela contratação temporária de funcionários, pelo governo federal, para a realização dos censos de 2020.

Em maio, a taxa de desemprego manteve-se nos 3,6%, um mínimo de 49 anos, enquanto o crescimento dos salários abrandou de 3,2% para 3,1%.

Estes números juntam-se a outros indicadores conhecidos recentemente, e que deram sinais mistos sobre o mercado laboral nos Estados Unidos: ao passo que os dados do ADP Research Institute mostraram que o setor privado criou apenas 27 mil postos de trabalho, em maio – a pior marca desde 2010 – os dados do Institute for Supply Management apontaram para um sólido ritmo de contratações no setor dos serviços.

O abrandamento da subida dos salários e das contratações poderá fazer soar os alarmes na Reserva Federal, que já admite reverter a subida dos juros para sustentar a recuperação da economia.  

Depois de, no início da semana, James Bullard, presidente da Fed de St. Louis, ter reconhecido que "em breve" os juros podem ter de descer, na terça-feira foi a vez do próprio presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, abrir a porta a essa possibilidade.

"Estamos a monitorizar de perto as implicações destes desenvolvimentos para a economia dos EUA e, como sempre, vamos atuar de forma apropriada para apoiar a expansão [económica], com um mercado de trabalho forte e uma inflação próxima do objetivo de 2%", admitiu o responsável. 


(Notícia atualizada às 14:00)

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