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Fed deve subir juros no final de 2023 e Wall Street reage em queda
As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em baixa, depois de a Fed ter sinalizado que poderá subir os juros diretores duas vezes em finais de 2023, quando se esperava que essa normalização só começasse em 2024.
O Dow Jones fechou a ceder 0,77%, para se fixar nos 34.033,67 pontos. O seu máximo histórico foi atingido a 10 de maio, quando tocou nos 35.091,56 pontos.
Já o Standard & Poor’s 500 recuou 0,54%, para 4.223,70 pontos. Na negociação intradiária de 14 de junho estabeleceu um máximo de sempre nos 4.255,59 pontos.
Também o tecnológico Nasdaq Composite encerrou no vermelho, a desvalorizar 0,24% para 14.039,68 pontos.
Os principais índices dos EUA estavam já no vermelho, à espera da decisão da Fed, que deixou os juros e o programa de compras inalterados, mas aprofundaram as perdas depois do anúncio no final do encontro de política monetária do banco central.
É que a Reserva Federal norte-americana sinalizou, no final desta sua reunião de dois dias, que poderá vir a subir a taxa diretora, atualmente em mínimos históricos, mais cedo do que o previsto: em finais de 2023 em vez de apenas em 2024.
Em março, a Fed apontava para que a taxa dos fundos federais se mantivesse em torno de zero (está no intervalo entre 0% e 0,25%) pelo menos este ano e nos próximos dois, pelo que o comunicado de hoje desiludiu o mercado.
Além disso, o banco central reviu em alta as projeções para a inflação, que coloca agora nos 3,4% este ano – e este indicador tem suscitado muitos receios nos mercados e levado a quebras em bolsa.
Depois de digeridos estes dados e de ouvido o presidente da Fed, Jerome Powell, os índices conseguiram recuperar parte das perdas – o Nasdaq chegou a ir a míninos da sessão e o S&P 500 a cair 1% logo após o comunicado do banco central.