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Fantasma da recessão "devolve" Wall Street a finais de 2020

Novos maus indicadores económicos nos EUA, apenas um dia após a Fed ter procedido à maior subida nas taxas de juro de referência em 28 anos, aumentaram os receios de uma recessão e originaram novo "sell-off" em Wall Street, com os principais índices de regresso aos níveis do final de 2020

As pressões inflacionistas têm provocado momentos de alguma turbulência nos mercados.
Carlo Allegri/Reuters
16 de Junho de 2022 às 21:40
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Recessão. Este é o fantasma que assombra Wall Street por estes dias. Esta quinta-feira, os maus dados económicos, em particular a subida de meio ponto percentual nas taxas fixas de hipotecas a 30 anos, o maior salto desde 1987, para um máximo inédito desde novembro de 2008, voltaram a alimentar os receios dos investidores e provocaram novo "sell-off".

O Dow Jones caiu 2,42%, para os 29.927,07 pontos, mínimos desde dezembro de 2020 e quebrando a barreira psicológica dos 30 mil pontos. O índice alargado S&P 500 recuou 3,25%, fechando igualmente em mínimos dezembro de 2020, nos 3.666,77 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite deu um tombo de 4,08%, para os 10.646,10 pontos, o valor de fecho mais baixo desde setembro de 2020.

"Estamos preocupados com o crescimento e para onde a Fed nos levará", diz Chris Gaffney, presidente de mercados mundiais no TIAA Bank, citado pela Bloomberg. "Ontem, toda a gente dizia 'Ah, bom, a Fed está a fazer algo agressivo, vão ser agressivos, vão tentar apanhar a curva da inflação'. Mas agora olham e já dizem 'será que estão a perseguir algo que não vão conseguir alcançar?", acrescenta.

Jim Chanos, fundador da Chanos & Company, adverte que apesar do "massacre", as ações ainda têm muito espaço para cair.

Os analistas do JPMorgan Chase assinalam que o S&P 500 implica atualmente que existe 85% de probabilidade de uma recessão nos EUA em 2023. Este alerta baseia-se na queda em média de 26% do índice nas últimas 11 recessões.

As preocupações com o impacto na economia da estratégia agressiva que a Fed garante que continuará a seguir não param de aumentar. "Os receios continuam a crescer sobre se a Fed está a dirigir-se para um erro de política", afirma Quincy Krosby, da LPL Financial, 
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