O euro recuava 0,33% face ao dólar, com os mercados a reflectirem as revisões em baixa para o crescimento da Zona Euro que ocorreram nos últimos tempos e as expectativas de menor abrandamento da economia norte-americana, segundo analistas.

A moeda única cotava nos 0,9227 dólares e ganhava 0,50% contra a divisa nipónica, transaccionando nos 112,07 ienes.

A desvalorização do euro reflectia «o desapontamento dos mercados face ao crescimento da Zona Euro e às expectativas de um crescimento dos Estados Unidos (EUA) acima das últimas previsões, que eram bastante negativas», defendeu Paula Carvalho, analista do BPI.

«Havia um sentimento do mercado de que a Zona Euro poderia suportar a perda de ritmo da economia norte-americana, o que tem vindo a alterar-se», referiu a mesma fonte, sublinhando que ««tem havido sucessivas revisões em baixa para o crescimento» da zona da moeda única.

Os ministros das Finanças da Zona Euro manifestaram hoje a convicção de que a zona da moeda única deverá crescer a um ritmo anual de 3%, mesmo que a economia norte-americana mantenha o abrandamento verificado no final de 2000.

A analista do BPI afirmou que «o último relatório sobre o emprego nos EUA veio alimentar as esperanças de uma retoma antes do previsto» na maior economia mundial.

A taxa de desemprego nos EUA manteve-se inalterada nos 4,2% em Fevereiro, face ao mês anterior, com o número de novos empregos a ascender aos 135 mil, acima das previsões dos analistas, que apontavam para a criação de 75 mil postos de trabalho.

A mesma fonte afirmou ainda que «o euro não estava a conseguir tirar partido da forte queda dos índices accionistas norte-americanos» na sessão de hoje.

O Dow Jones perdia 2,10% para os 10.421,53 pontos, enquanto o índice tecnológico Nasdaq recuava 4,75% para os 1.955,20 pontos, depois de abrir abaixo dos dois mil pontos pela primeira vez desde 16 de Dezembro de 1998.

Cada euro vale 200,482 escudos.