A bolsa de Lisboa negoceia, no último dia do ano, em terreno negativo, penalizada pela energia e prepara-se assim para fechar 2024 com o primeiro saldo anual negativo desde 2020. Numa sessão que será apenas durante a manhã, o volume de negociação está por toda a Europa a ser reduzido.

A maior perda é da Galp, que tomba 5,4% para 15,755 euros por ação, numa reação negativa à sétima atualização sobre o projeto na Namíbia. A petrolífera anunciou antes da abertura do mercado que encontrou dois novos reservatórios "de boa qualidade" no país.

Segundo uma nota do RBC, assinada por Biraj Borkhataria, a que a Bloomberg teve acesso, a descoberta sugere que poderá ser necessária mais exploração. O facto de um dos reservatórios se tratar de gás-condensado (apesar de ser líquido) "pode sugerir que é necessária mais exploração para justificar o primeiro desenvolvimento", de acordo com o analista.

A Galp também acelerou a perfuração do próximo poço de exploração, que originalmente deveria ser perfurado no verão de 2025. O RBC - que vê um potencial de valorização de 58% até aos 25 euros por ação - acrescenta que estas mudanças ainda têm de ser avaliadas.

Face ao peso da petrolífera no índice, o PSI segue a perder 0,7% para 6.323,82 pontos, com a maior parte das 15 cotadas no vermelho, mas nenhuma com uma perda tão significativa. A EDP Renováveis recua 0,52%, a EDP 0,1% e a REN 0,22%.

No papel, a Altri desvaloriza 0,57% e a Navigator desliza 0,06%. Nos (-0,45%), Mota-Engil e Jerónimo Martins (ambas a perder 0,3%) estão também na lista, enquanto o BCP negoceia na linha d'água.

Em sentido contrário, os CTT ganham 0,4% para 5,32 euros por ação. A Corticeira Amorim e a Sonae também seguem no verde, mas com subidas na ordem de 0,1%.

Na Europa, os movimentos também são reduzidos, com o Stoxx 600 a ceder 0,4% para 505,19 pontos. As bolsas da Alemanha, Itália e Suíça já fecharam o ano, enquanto Portugal, França, Espanha e Reino Unido vão negociar apenas até às 13:00 horas (de Lisboa).

(Notícia atualizada às 09:05)