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E ao sexto dia Wall Street caiu. Atas da Fed sem surpresas

Os principais índices em Nova Iorque desvalorizaram, com os investidores a avaliarem as atas da última reunião da Fed que indicam que a política monetária continuará a ser "restritiva".

O início do ano está a ser marcado por         um crescimento das ordens sobre ações e títulos de dívida.
Lucas Jackson/Reuters
21 de Novembro de 2023 às 21:22
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Os principais índices em Wall Street encerraram em baixa, numa altura em que os investidores avaliam as atas da última reunião da Reserva Federal norte-americana, que apontam para a continuidade de uma política monetária "restritiva".

O facto de o índice de referência mundial, S&P 500, ter atingido níveis de "overbought", poderá também estar a levar a uma correção.

O S&P 500, referência para a região, recuou 0,2% para 4.538,19 pontos, o industrial Dow Jones cedeu 0,18% para 35.088,29 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 0,59% para 14.199,98 pontos.

Os membros do FOMC (sigla inglesa para Comité Federal do Mercado Aberto) optaram por realizar uma abordagem cautelosa a novas subidas das taxas de juro no futuro. Os responsáveis afirmaram ainda que só voltariam a subir os juros diretores, caso os dados mostrassem pouco progresso na luta contra a inflação.

Os mercados aguardavam alguma clarificação sobre a necessidade de um novo aperto da política monetária, dada a inconsistência de Powell nesta matéria, mas "não houve surpresas", resumiu à Reuters Gene Goldman, "chief investment officer" da Cetera Investment.

Entre os movimentos de mercado o retalho foi um dos setores que mais pesou na sessão. A Lowe's desceu 3,12%, depois de ter reduzido as perspetivas de vendas para o total de 2023. Por sua vez, a Best Buy recuou 0,73% após ter falhado as perspetivas em termos de receitas e ter também reduzido o "outlook" para o acumulado do ano. Já a American Eagle mergulhou 15,8%, depois de ter revelado um "guidance" para os lucros operacionais para 2023 abaixo do esperado.

Após o fecho as atenções viram-se para os resultados do terceiro trimestre fiscal da Nvidia, a última das "magnificent seven" a apresentar contas.

A fabricante de "chips", que sobe 248,89% desde o início do ano e regista assim a melhor prestação anual entre os seus pares, atingiu ontem máximos históricos, ao valorizar 2,28% para 504,2 dólares. Esta terça-feira a tecnológica cedeu 0,92% para 499,44 dólares.

Segundo dados do Goldman Sachs, a que a Bloomberg teve acesso, os fundos de investimento nunca estiveram tão investidos em ações nos últimos 22 anos. Estes números pintam um cenário em que o mercado está a voltar a ganhar entusiasmo por ações tecnológicas estáveis e lucrativas, à medida que a economia vai enfraquecendo.

"A 'timidez' de hoje no mercado é o resultado de um mercado em sobrecompra ['overbought'] no curto prazo, ao invés de um mercado que acredita que não está a interpretar bem a Fed", explicou à Bloomberg Quincy Krosby da LPL Financial.

"O mercado continua a acreditar que a Fed já terminou [o ciclo de subida de juros] e que a economia vai requerer apoio de cortes de juros em 2024, independentemente da retórica da Fed", completou.

As ações norte-americanas têm "muito mais potencial de alta", dado que se aproximam de patamares técnicos decisivos, resumiu o estratega Stephen Suttmeier do Bank of America à Bloomberg.
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