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Dona da bolsa de Lisboa atinge lucros recorde em 2024
Os resultados líquidos da Euronext cresceram 14% no ano passado, para 585,6 milhões de euros.
O grupo que detém a bolsa de Lisboa aumentou os lucros em 2024, com o alargamento das receitas e o bom momento na negociação de dívida e câmbio. O CEO da Euronext avança que a empresa cumpriu os objetivos do ano passado e promete novos produtos, incluindo futuros de eletricidade e derivados sobre dívida, para este ano.
"A Euronext apresentou um crescimento de receitas de dois dígitos em 2024 graças ao seu perfil de receitas diversificado e confirma o cumprimento dos seus objetivos para 2024. A Euronext atingiu um recorde de EPS [lucro por ação] ajustado em 2024 através da disciplina de custos e da alocação estratégica de capital", explicou a empresa em comunicado.
O lucro reportado subiu 14% para 585,6 milhões de euros, sendo que tinha sido registada, no ano anterior, uma mais-valia de 41,6 milhões de euros da alienação da participação de 11,1% da Euronext na LCH SA, o que influencia a base de comparação.
O resultado líquido ajustado foi assim de 682,5 milhões de euros em 2024, o que representa um crescimento de 16,7% face ao ano anterior, enquanto o EPS ajustado aumentou 19,6% para 6,59 euros. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) ajustado subiu 16,4% para 1.006,4 milhões de euros.
As receitas e rendimentos de 2024 aumentaram 10,3%, para 1.626,9 milhões de euros, com as receitas de custódia e liquidação a cresceram 8,7%, "impulsionadas pelo aumento dos ativos sob custódia, pela atividade de liquidação dinâmica e pelo forte crescimento dos serviços de valor acrescentado", de acordo com o grupo. As receitas de admissão à cotação subiram 5,1% para 231,9 milhões de euros, "apesar dos ventos contrários resultantes da depreciação do NOK [coroa norueguesa]".
Sobre o plano estratégico "Innovate for Growth 2027", a Euronext garante que vai "acelerar a concretização da sua ambição de futuros de eletricidade com a aquisição contemplada do negócio de futuros de eletricidade nórdicos da Nasdaq", anunciada a 28 de janeiro de 2025. Diz que vai continuar a tirar partido da sua câmara de compensação para lançar produtos derivados e promete produtos sobre as principais obrigações governamentais europeias.
"Em 2025, estamos a construir as bases para atingir os nossos objetivos de crescimento para 2027 e estamos a investir na inovação para o crescimento. Já começámos com a anunciada aquisição da atividade de futuros de energia nórdica da Nasdaq. Esta aquisição contribuirá significativamente para o crescimento da nossa atividade de negociação e compensação de FICC. Temos o prazer de anunciar a inovação mais significativa dos últimos anos no domínio dos instrumentos financeiros derivados, o lançamento de mini-futuros liquidados em numerário sobre obrigações do Estado europeias", destaca o CEO Stéphane Boujnah.