Donald Trump assinou um memorando em que ordena que a sua administração considere tarifas recíprocas sobre os parceiros comerciais que cobram taxas e impõem outras barreiras comerciais aos EUA, numa potencial escalada da guerra comercial iniciada pela administração Trump.

A medida assinada pelo Presidente dos EUA ordena o representante para o Comércio e o secretário do Comércio a proporem novas taxas numa base país a país num esforço para reequilibrar as relações comerciais. O secretário indigitado por Trump para o Comércio, Howard Lutnick, que vai liderar os estudos, disse que espera que a avaliação esteja concluída até dia 1 de abril.

"Queremos nivelar o terreno de jogo", disse Trump na Sala Oval da Casa Branca perante os jornalistas. "Eles cobram-nos a nós e nós cobramos-lhes a eles", reforçou.

As novas taxas serão aplicadas a cada país, destinadas a contrariar não apenas as tarifas sobre os bens norte-americanos, mas também barreiras não tarifárias sob a forma de subsídios, IVA, taxas de câmbio e outros fatores que limitam o comércio dos EUA, disse um responsável da Casa Branca que informou os jornalistas antes do anúncio de Trump.

"Decidi, por motivos de justiça, que vou cobrar uma tarifa recíproca, significando todos os países que cobrem aos EUA", disse Trump. "Em quase todos os casos, estão a cobrar-nos bastante mais do que o que nós lhes cobramos, mas esse dias acabaram".

O presidente dos EUA citou barreiras na UE, incluindo o IVA, como um exemplo do que os EUA pretendem responder. Antes, o responsável da Casa Branca identificou o Japão e a Coreia do Sul como países que estão em vantagem sobre os EUA.   

Trump voltou a dizer que vai aplicar tarifas de importação sobre carros, semicondutores e  fármacos, além das tarifas recíprocas.