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Direitos do BCP afundam 17% e continuam "baratos" face às acções (act)

Desde o início da semana os direitos já recuam mais de 20%, impedindo as acções do BCP de acompanhar a tendência positiva do sector.

Nuno Carregueiro nc@negocios.pt 26 de Janeiro de 2017 às 13:35

Os direitos de subscrição do aumento de capital do Banco Comercial Português estão a acelerar a tendência negativa, na terceira sessão em queda, continuando a pressionar o desempenho das acções.

 

Os direitos estão já a recuar 17,18% para 64,6 cêntimos, o que representa a cotação mais reduzida desta semana. A queda destes títulos está a condicionar fortemente as acções, já que os valores dos dois activos estão correlacionados.

 

As acções descem 5% para 14,25 cêntimos, na quarta sessão em queda, sendo que apesar do desempenho negativo, continuam mais "caras" do que os direitos.

 

A aquisição de um direito a 64,6 cêntimos permite a subscrição de acções com um valor equivalente de 13,71 cêntimos, ou seja, 4% abaixo da actual cotação. Já à cotação das acções corresponde um valor teórico dos direitos de 72,75 cêntimos, ou seja, 12,6% acima do valor a que estes títulos negoceiam em bolsa. Dito de outra forma, os direitos estão "baratos" face às acções.

 

Esta situação de desequilíbrio tem sido a nota dominante na negociação das acções e direitos do BCP, que será explicada pela forte pressão vendedora sobre os direitos a ser exercida pelos accionistas que estão a alienar estes títulos por não pretenderem participar no aumento de capital.

 

Os direitos arrancaram a negociação na quinta-feira da semana passada bem abaixo do preço de equilíbrio com as acções, tendo recuperado nas duas sessões posteriores. Contudo, esta semana já acumulam uma queda de 21%. No mesmo período as acções desvalorizam 9,5%.

 

A pressão negativa dos direitos sobre as acções está a impedir o BCP acompanhar o momento positivo da banca europeia. O Stoxx Banks, que ontem atingiu um máximo desde Janeiro do ano passado, volta esta quinta-feira a negociar em terreno positivo (+0,85%).

 

Os direitos negoceiam em bolsa até à próxima segunda-feira, 30 de Janeiro, terminando a 2 de Fevereiro (quinta-feira) o período de exercício. As novas acções deverão ser admitidas à negociação a 9 de Fevereiro.

 

No âmbito do aumento de capital de 1.332 milhões de euros, cada direito permite a compra de 15 acções, mediante o pagamento de 9,4 cêntimos por cada uma. 


 

Aqui pode simular a sua carteira e ver os preços de equilíbrio entre acções e direitos:

(notícia actualizada com novas cotações, que acentuaram a tendência negativa)

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