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Direitos da REN voltam a afundar e já perdem 15% desde estreia

A pressão dos direitos levou as acções para mínimos de 10 meses, acumulando já uma queda próxima de 5% em três sessões.

27 de Novembro de 2017 às 16:57
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Terceiro dia de negociação, terceiro dia a fechar no vermelho. Os direitos de subscrição do aumento de capital da REN fecharam esta segunda-feira, 27 de Novembro, a afundar 9,15% para 12,9 cêntimos.

 

Ao mínimo que atingiram perto do final da sessão (12,7 cêntimos), corresponde já uma queda de 15,3% face à cotação de estreia na passada quinta-feira, nos 15 cêntimos. Uma cotação que já se situava abaixo do preço teórico do dia em que os direitos foram destacados das acções (15,9 cêntimos).

 

Esta pressão vendedora nos direitos, exercida sobretudo pelos accionistas que não pretendem participar no aumento de capital, está a penalizar o desempenho das acções, já que os dois títulos têm um valor correlacionado.

 

As acções fecharam a cair 1,97% para 2,39 euros, sendo que nestas três sessões em que os direitos estão a negociar, acumulam uma queda de 4,8%. A cotação de fecho das acções é a mais baixa desde 31 de Janeiro deste ano.

 

Quanto à liquidez, nestas três sessões foram transaccionados 44 milhões de direitos, o que corresponde a 8,3% do total emitido (534 milhões).

 

Com as acções e os direitos a negociarem em simultâneo, a tendência será para os dois títulos transaccionarem em equilíbrio e ser a evolução dos direitos a mandar no rumo da cotação das acções. Tem sido assim ao longo destas três sessões, sendo que o equilíbrio entre os dois títulos tem sido quase constante.

 

À cotação actual de fecho das acções (2,39 euros) corresponde um valor teórico dos direitos de 12,89 cêntimos. À cotação de fecho dos direitos (12,9 cêntimos) equivale um preço teórico das acções de 2,3904 euros.

 

Para calcular o valor teórico dos direitos, basta multiplicar por 0,25124803 (número de acções que podem ser subscritas com um direito) a diferença entre a cotação das acções e o preço de subscrição de 1,877 euros. Para encontrar o valor teórico das acções, divide-se a cotação do direito por 0,25124803 e adiciona-se o preço de subscrição de 1,877 euros.  

 

A calculadora do Negócios indica quais os preços de equilíbrio e permite também saber quanto tem de investir para participar na operação.

 

 

Por cada acção detida, os accionistas recebem um direito, que por sua vez garante a subscrição de 0,25124803 novas acções, mediante o pagamento de 1,877 euros por cada acção.

 

Um investidor que tinha 1.000 acções da REN no fecho da sessão de 20 de Novembro irá receber mil direitos na sua conta. Para participar no aumento de capital, terá de exercer os direitos, através dos quais ficará com mais 251 acções da REN (o número de acções é arredondado por defeito). O investimento neste exemplo é de 471,13 euros.

 

Os direitos devem ser vendidos pelos accionistas que os receberem e não quiserem participar no aumento de capital. E comprados no caso dos investidores que não são accionistas e querem investir no aumento de capital. 

Há três accionistas de referência da empresa presidida por Rodrigo Costa que já assumiram a intenção irrevogável de acompanhar o aumento de capital: a chinesa State Grid, a espanhola REE e a Fidelidade. 

 

Os detentores de direitos podem transaccionar estes títulos em bolsa até 1 de Dezembro. O período de subscrição destes títulos decorre entre 23 de Novembro e 6 de Dezembro, sendo que as ordens podem ser revogadas até 4 de Dezembro. As novas acções devem ser admitidas à negociação a 13 de Dezembro.

 

A REN está a efectuar um aumento de capital de 250 milhões de euros através da emissão de 133.191.262 novas acções. O encaixe da operação servirá para financiar metade do valor que a empresa liderada por Rodrigo Costa gastou na aquisição da actividade de distribuição de gás natural da EDP (Portgas).

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