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Direitos da REN negoceiam abaixo do preço teórico e pressionam acções
A evolução em queda ligeira dos direitos está a pressionar em baixa as acções. Mas as variações são ligeiras e os dois títulos estão quase em equilíbrio.
Os direitos de subscrição do aumento de capital da REN arrancaram em queda no primeiro dia em que estão a ser negociados em bolsa, o que está a condicionar de forma negativa a negociação das acções.
Os direitos começaram a sessão nos 15 cêntimos e já oscilaram entre os 14,1 e os 15,7 cêntimos. Pelas 8:30 negociavam nos 15,5 cêntimos, abaixo do preço teórico que correspondia à cotação de fecho de ontem das acções. Foram transaccionados perto de 500 mil direitos, sendo que foram distribuídos aos accionistas mais de 500 milhões (um por cada acção).
As acções da REN fecharam quarta-feira nos 2,51 euros, o que apontava para um preço teórico dos direitos de 15,9 cêntimos. Como os direitos negoceiam abaixo deste preço de referência, as acções estão também a ser pressionadas esta quinta-feira, desvalorizando 0,52% para 2,497 euros.
Com as acções e os direitos a negociarem em simultâneo a tendência será para os dois títulos transaccionarem em equilíbrio e ser a evolução dos direitos a mandar no rumo da cotação das acções.
É quase isso que se passa na primeira hora de negociação, com os direitos a transaccionarem nesta altura ligeiramente mais "baratos" do que as acções. À cotação actual das acções (2,497 euros) corresponde um valor teórico dos direitos de 15,58 cêntimos. À cotação actual dos direitos (15,5 cêntimos) equivale um preço teórico das acções de 2,4939 euros.
Para o calcular o valor teórico dos direitos, basta multiplicar por 0,25124803 (número de acções que podem ser subscritas com um direito) a diferença entre a cotação das acções e o preço de subscrição de 1,887 euros. Para encontrar o valor teórico das acções, basta dividir a cotação do direito por 0,25124803 e adicionar o preço de subscrição de 1,887 euros.
A calculadora do Negócios indica quais os preços de equilíbrio e permite também saber quanto tem de investir para participar na operação.
Também esta quinta-feira arranca o período de subscrição do aumento de capital, pelo que a partir de amanhã os detentores de direitos podem dar ordem para comprar as novas acções.
Por cada acção detida, os accionistas recebem um direito, que por sua vez garante a subscrição de 0,25124803 novas acções, mediante o pagamento de 1,877 euros por cada acção.
Um investidor que tinha 1.000 acções da REN no fecho da sessão de 20 de Novembro irá receber mil direitos na sua conta. Para participar no aumento de capital, terá de exercer os direitos, através dos quais ficará com mais 251 acções da REN (o número de acções é arredondado por defeito). O investimento neste exemplo é de 471,13 euros.
Os direitos devem ser vendidos pelos accionistas que os receberem e não querem participar no aumento de capital. E comprados no caso dos investidores que não são accionistas e querem investir no aumento de capital.
Há três accionistas de referência da empresa presidida por Rodrigo Costa que já assumiram a intenção irrevogável de acompanhar o aumento de capital: a chinesa State Grid, a espanhola REE e a Fidelidade.
Os detentores de direitos podem transaccionar estes títulos em bolsa até 1 de Dezembro. O período de subscrição destes títulos decorre entre 23 de Novembro e 6 de Dezembro, sendo que as ordens podem ser revogadas até 4 de Dezembro. As novas acções devem ser admitidas à negociação a 13 de Dezembro.
A REN está a efectuar um aumento de capital de 250 milhões de euros através da emissão de 133.191.262 novas acções. O encaixe da operação servirá para financiar metade do valor que a empresa liderada por Rodrigo Costa gastou na aquisição da actividade de distribuição de gás natural da EDP (Portgas).